O Movimento Nacional de População de Rua realizou na quinta (19), embaixo do Viaduto Santa Tereza, no Centro de Belo Horizonte (MG), um protesto pelo direito ao acesso à água potável e a banheiros públicos para a população em situação de rua.
Segundo o coordenador do movimento, Samuel Rodrigues, o ato pretendeu “fazer um alerta às autoridades e à sociedade de que nós moramos na rua, mas nós estamos vivos e queremos reconhecimento como seres humanos”.
o movimento organiza anualmente, no dia 19 de agosto, atividades para marcar a data como Dia de luta da população de rua.
Situação atual
Segundo informações do Movimento Nacional de População de Rua, Belo Horizonte possui apenas 4 banheiros públicos e alguns pontos de acesso público à água potável estão fechados e sem manutenção.
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Em nota, o movimento afirma que “muitas comorbidades e doenças poderiam ser evitadas através do acesso à água potável, uma vez que este público também se vê vítima de qualquer fonte de água disponível em área pública, geralmente não contendo água potável”.
Ato rememora Chacina da Praça da Sé/SP
No dia 19 de agosto de 2004, a Polícia Militar do Estado de São Paulo matou 7 pessoas em situação de rua, que moravam na Catedral da Sé, na capital paulista.
“Essa chacina, somada à chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, culminou no lançamento do Movimento Nacional da População de Rua no ano de 2005”, lembra Samuel. Desde então, o movimento organiza anualmente, no dia 19 de agosto, atividades para marcar a data como Dia de luta da população de rua.
Edição: Rafaella Dotta