Em agosto, o custo da cesta básica em Belo Horizonte chegou a R$ 574,53, isto é, 52,23% do salário mínimo. Os gastos de um trabalhador com alimentação tiveram aumento de 1,10% no mês, de acordo com o Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG).
No acumulado em 12 meses, a inflação foi de 10%
O cálculo toma como base as variações nos preços de 13 produtos alimentícios. Na medição do mês de agosto, as maiores altas ocorreram nos preços da banana caturra (16,37%), da batata inglesa (15,57%) e do café moído (10,60%). Por outro lado, registraram queda o tomate Santa Cruz (- 9,93%) e a manteiga (- 3,03%).
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No acumulado em 12 meses, a cesta básica ficou 19,98% mais cara em BH e todos os itens da cesta registraram alta nesse período. Um dos principais vilões tem sido a carne chã de dentro, que encareceu 30,73% em um ano.
Inflação e salário mínimo
No mês de agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) registrou alta de 0,45%. Esse índice mede os custos das famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos, incluindo itens não-alimentícios e outros itens de alimentação, para além dos contemplados no cálculo da cesta básica. No acumulado em 12 meses, a inflação foi de 10,15%.
Na última semana, o governo encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária para 2022, prevendo uma reposição de 6,27% do salário mínimo, a partir de janeiro do próximo ano.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em agosto, o mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, seria de R$ 5.583,90, ou seja, cerca de cinco vezes o patamar atual.
Edição: Elis Almeida