Minas Gerais

CRISE

Editorial | 1000 dias de governo Bolsonaro: 600 mil mortes, fome, desemprego e corrupção

Crise econômica se agrava e a inflação aumenta o custo de vida

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
A capacidade de compra diminui a cada dia, aumentando os índices de fome - Prefeitura Municipal de Bonito (MS)

Nesta semana completou-se 1000 dias de governo Bolsonaro. Por incrível que pareça, grupos bolsonaristas e apoiadores do governo ainda realizaram atos celebrando esse marco. Ao mesmo tempo, o conjunto do povo brasileiro sente na pele a piora das condições de vida proporcionadas com o avanço do programa neoliberal do governo federal. 

Com quase três anos no poder, Bolsonaro começa a colher os frutos do projeto de destruição da nação que plantou. Enquanto chegamos ao patamar recorde de desemprego, o programa de desmonte das políticas sociais e retirada de direitos trabalhistas avançam de maneira acelerada. O número de pessoas em extrema pobreza já ultrapassa 14 milhões e mais da metade da população brasileira está sob condições de insegurança alimentar. 

53% classificam o governo como ruim ou péssimo

A crise econômica se agrava e a inflação aumenta o custo de vida dos trabalhadores. A capacidade de compra diminui a cada dia, aumentando os índices de fome, ao mesmo tempo que também sobe o já alto preço do gás, por decisão da política do presidente para a Petrobrás.

Prevent Senior

Os escândalos que surgiram nesta semana na CPI do Covid, envolvendo a empresa Prevent Senior, escancaram o projeto de morte conduzido pelo governo, ao mesmo tempo em que o Brasil vai chegar ao número de 600 mil mortes pela pandemia e o Ministério da Saúde ainda se nega a garantir vacinas aos adolescentes.    

O projeto de subdesenvolvimento e todo apoio do governo ao agronegócio e à mineração ilegal, avançando principalmente na Amazônia, tem aprofundado a crise ambiental induzindo o desmatamento, mudanças climáticas e a escassez hídrica tem atingido todo o Brasil. 

Em Minas, a submissão do governo Zema à agenda do Bolsonaro faz com que as consequências sejam ainda mais severas no estado. A crise de desabastecimento de água assola vários municípios e o número de focos de incêndios bateu recorde neste ano. O número de moradores de rua nas cidades mineiras aumenta a cada dia, assim como o desemprego e a quantidade de famílias em condição de extrema pobreza. 

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A rejeição ao governo Bolsonaro amplia a cada pesquisa realizada, chegando ao patamar recorde, 53% classificam o governo como ruim ou péssimo. O próximo dia nacional de lutas pelo Fora Bolsonaro tem de ser maior que os últimos, conseguindo ampliar no número de cidades, no envolvimento de mais pessoas e na capacidade de diálogo com a sociedade. 

E em Minas, temos ainda a tarefa de denunciar o governo Zema e impedir o avanço de seu programa neoliberal de retirada de direitos. 

 

Edição: Elis Almeida