Dora, Amélia, Raquel, Dona Janaína. Quatro mulheres, de gerações diferentes de uma mesma família. Vidas que se entrelaçam a partir do laço afetivo e dos desafios que elas vivem em um Brasil marcado pela pobreza, pelo machismo e pelo racismo.
Em Gameleira-branca, primeiro romance da uberlandense Sofia Aroeira, a protagonista principal é a baiana Dora, que vai para São Paulo estudar enfermagem, deixando sua filha, ainda recém-nascida, aos cuidados de sua mãe Raquel.
Quis trazer como essas mulheres se relacionam, como cada uma impacta no que a outra vai ser
A narrativa acompanha a volta de Dora à Bahia, após 12 anos de ausência, para despedir da sua avó doente, Dona Janaína. Nesse retorno, Dora tem que lidar com fato de ser quase uma desconhecida para a filha, relembrar seu passado e reconectar laços com a família.
“Quis trazer como essas mulheres se relacionam, como cada uma impacta no que a outra vai ser, em suas dores. Como as dificuldades do percurso de cada vida vão se enlaçando na vida da outra”, comenta Sofia.
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O título, segundo a escritora, indica justamente essa ideia. A árvore gameleira-branca, típica de lugares quentes, brota em meio a outras plantas e cresce as envolvendo. Simboliza também o sagrado, o tempo e a ancestralidade, características marcantes de Dona Janaína, a avó umbandista. “Cada mulher cresce em torno de outras e guarda a marca da mulher que a originou dentro de si”, diz.
Com elementos do realismo mágico, o romance de Sofia Aroeira foi escrito durante sua pós-graduação em escrita criativa, com intenções de aprofundar a relação entre a neta e avó, a partir de um olhar sensível e singular sobre as mulheres.
Serviço:
Livro “Gameleira-branca”, de Sofia Aroeira
Preço: R$ 49,00
Onde comprar: https://editorajandaira.com.br/
Edição: Rafaella Dotta