Com a programação da data de desativação do Aeroporto Carlos Prates, na capital mineira, para 31 de dezembro de 2021, lideranças comunitárias e o Fórum Permanente do Coletivo Cultural Noroeste BH, reivindicam a municipalização do terreno.
Com o objetivo de construir uma proposta coletiva, as organizações lançaram a pesquisa online “O que pretendemos construir no terreno do Aeroporto Carlos Prates?” para consultar moradores e a população belorizontina.
Em 2019, quatro pessoas morreram em decorrência de quedas dos aviões que decolaram ou pousaram no terminal
A pesquisa, que pode ser respondida através do link, tem oito perguntas. Dentre elas, os movimentos questionam se a Câmara Municipal de Belo Horizonte deve alterar o Plano Diretor para transformar o terreno do aeroporto em Área de Preservação Ambiental Permanente.
Entenda o caso
Por meio do Ministério da Infraestrutura, o governo federal programou para o final deste ano a desativação do Aeroporto Carlos Prates, localizado na região Noroeste de Belo Horizonte. O aeroporto, que é dedicado a voos particulares e formação de pilotos, é de responsabilidade do governo federal.
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As atividades do aeroporto começaram em 1944 e, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a área está localizada a sete quilômetros da Praça Sete, no Centro da cidade.
A desativação é uma reivindicação histórica das comunidades que residem no entorno da área de 547 mil metros quadrados, onde está instalado o sítio aeroportuário. O motivo da reivindicação é a preocupação da população devido ao alto risco de acidentes. Em 2019, quatro pessoas morreram em decorrência de quedas dos aviões que decolam ou pousam no terminal, incluindo um morador e um motorista que dirigia pelo bairro.
Ainda na década de 1980, surge o movimento "Muda Aeroporto", hoje conhecido como “Aeroporto Não”, a partir da união de cidadãos preocupados com o alto índice de acidentes com aeronaves na redondeza.
Edição: Larissa Costa