Minas Gerais

COMUNICAÇÃO PÚBLICA

Entidade coleta denúncias de censura praticada na Rede Minas e Rádio Inconfidência

Para FNDC, interferência na programação e no conteúdo das emissoras tem se intensificado no último período

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Por segurança, os organizadores do questionário do FNDC orientam que os trabalhadores preencham o formulário em computadores pessoais - Foto: Reprodução/PUC Minas

Quantificar e classificar os casos de censura e governismo registrados na Empresa Mineira de Comunicação (EMC). Esse é o objetivo do mapeamento divulgado nesta semana pelo comitê mineiro do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). O levantamento é destinado aos trabalhadores da Rádio Inconfidência e da Rede Minas e abrange denúncias registradas nos anos de 2020 e 2021.

“O Fórum têm recebido diversas denúncias de interferência tanto na programação das emissoras, quanto em seus conteúdos, além de perseguição aos trabalhadores. O objetivo do documento é sistematizar esses casos para tentar impedir o uso político das nossas empresas", explica Amélia Gomes, integrante do FNDC. A jornalista relembra ainda que recentemente comunicadores e telespectadores denunciaram a possível inclusão na grade da Rede Minas do programa “A voz do conselho", conteúdo de cunho religioso, produzido pelo pastor Jorge Linhares, apoiador público de Jair Bolsonaro. 

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O mapeamento é inspirado no documento elaborado pelos trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e partiu de um esforço conjunto entre o FNDC e os trabalhadores das empresas. Assim como o dossiê elaborado pela EBC, o levantamento mineiro também garante o anonimato aos denunciantes.

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Por segurança, os organizadores do documento orientam que os trabalhadores preencham o formulário em computadores pessoais e não utilizem dispositivos ou a internet das empresas para responder o questionário.

Desmonte 

Recentemente, o grupo de trabalho de comunicação pública do FNDC de Minas Gerais também denunciou que o governo estadual destinou apenas 0,83% do valor gasto com publicidade às empresas de comunicação pública, montante abaixo dos 3% obrigatórios previstos em lei. 

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Além do primeiro dossiê sobre censura e governismo na EMC, o Fórum também prepara para o próximo período outras atividades de defesa da comunicação pública, como uma análise dos conteúdos veiculados no jornal diário da Rede Minas. O estudo será produzido por Eliara Santana, pesquisadora de mídia e integrante do FNDC. 

 

 

 

Edição: Larissa Costa