A cidade é o palco onde as desigualdades sociais podem ser concretamente observadas e onde a crise atual se torna evidente. Nas ruas, praças, avenidas e bairros das cidades podemos observar a luta diária da população para ter acesso ao básico: emprego e alimentação.
Em Belo Horizonte, o aumento das pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social é nítido. Diante de tantos desafios advindos da pandemia e de um desgoverno que assola as cidades brasileiras, a capital mineira celebra seus 124 anos e tenta se reerguer após tantos tombos. Reerguer-se implica, inevitavelmente, em uma retomada – não apenas econômica como também social.
Para que possamos vislumbrar um futuro possível, os esforços de recuperação econômica e social de Belo Horizonte devem ser direcionados, sobretudo, para a população que mais precisa, pois é para ela que a crise revela sua face mais devastadora. Isso requer estímulo à geração de emprego e renda, incentivo à tecnologia e à inclusão digital, programas de renda básica e o investimento em práticas sustentáveis que promovam a segurança alimentar.
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Entretanto, pensar em uma retomada que seja, de fato, segura e justa para todos e todas, requer também o diálogo entre o legislativo e o executivo da cidade. Disputas eleitorais não podem continuar acima do bem-estar da população belorizontina.
Somente um olhar atento e dedicado a esses aspectos pode, de fato, reincluir a população mais vulnerável na dinâmica econômica de Belo Horizonte. Se há uma premissa que o Partido dos Trabalhadores (PT) sempre defendeu é que quando os mais pobres estão incluídos no orçamento, o desenvolvimento ocorre de maneira exitosa e horizontal.
Juntos, podemos pensar em uma realidade melhor para a cidade de Belo Horizonte que, sem dúvidas, merece comemorar com mais alegria os próximos anos de seu aniversário. É possível. Para isso, precisamos fortalecer a participação social na política. Só assim conseguiremos construir uma Belo Horizonte com mais emprego, mais inclusão e mais sustentabilidade.
Que a alegria volte a emanar das ruas, que a comida volte aos pratos, que as portas dos pequenos e médios comércios voltem a se abrir, que os jovens voltem a sonhar.
Pedro Patrus é vereador pelo PT em Belo Horizonte.
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Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal
Edição: Larissa Costa