Chegamos em dezembro com um desafio: ter fôlego para mais alguns dias até que a mudança no calendário nos dê condições de enxergar um caminho novo a ser percorrido. O ano de 2022 vem cheio de expectativas para todos os brasileiros e brasileiras. Terão aqueles que trarão uma nova vida ao mundo; aqueles que começarão a vida em uma nova cidade, em um novo emprego ou faculdade. Mesmo aqueles que verão o dia 3 de janeiro como apenas mais uma segunda, há a vontade de que no próximo ano algo seja diferente.
É fato que não vencemos todas as batalhas que travamos neste ano. Seguiremos com o aumento do desemprego, a volta da fome e a extinção do Bolsa Família, mas o altíssimo índice de vacinados no Brasil é vitória nossa. Não fossem os trabalhadores do Sistema Único de Saúde e a consciência coletiva de que nossa liberdade só voltaria quando estivéssemos imunizados, talvez a nossa situação seria ainda mais degradante.
Tempo de esperançar
O avanço da vacinação nos deu a possibilidade de planejar que as festas de fim de ano sejam um reencontro. Voltarão os abraços, o olho no olho, as palavras carinhosas e quem sabe a esperança do verbo esperançar. Como diria nosso grande educador popular Paulo Freire, a esperança deve ser aquela que nos impede de desistir, que nos faz levantar, correr e ir atrás.
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Há uma música do rapper FBC que diz muito do que precisamos saber neste fim de ano. Na canção “Auto-ajuda”, ele diz que “ser livre é ter uma vida e o poder de realmente poder transformá-la”. Diz também que “nenhum sonho é tão pequeno pra quem sabe dividi-lo”. E nós, apesar de tudo, seguimos sonhando com a volta do Brasil da aglomeração. O Brasil de gente feliz nas festas de rua, que continua torcendo pelo hexa. O Brasil alimentado, vacinado, com duas, três doses. O Brasil com força para as transformações que precisamos, queremos e merecemos.
E por isso, é preciso que nossos votos de Feliz Ano Novo inaugurem outro ciclo. Desejamos a todas e todos, que superemos a política de morte de Bolsonaro e consigamos abrir espaço para a inclusão e para a democracia. Que em 2022 tenhamos mais motivos para celebrar.
Ano que vem vai ser melhor.
Edição: Larissa Costa