Moradores da Pedreira Prado Lopes, umas das favelas mais antigas da capital mineira, realizam neste sábado (18), um ato em frente a Escola Municipal Carlos Goes, localizada na comunidade. O objetivo da manifestação, que começa às 9h, é reivindicar a reabertura da escola e manifestar a insatisfação da população com o governo federal.
:: Leia também: Três pessoas são detidas em BH em protesto por reabertura de escola ::
A intenção, segundo organizadores, é realizar também uma passeata pelas ruas da Pedreira para denunciar a retirada de direitos do povo da periferia e a alta dos preços dos alimentos, do gás, da gasolina e do aluguel. A manifestação se encerrará no galpão da Ocupação Pátria Livre com um almoço coletivo.
“A educação das nossas crianças deveria ser prioridade para o poder público. Isso é pensar no futuro que queremos para a comunidade e para o Brasil", afirma Débora Sá, militante do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), um dos organizadores da ação.
Entenda o caso
No dia primeiro de dezembro, em reunião com representantes da Prefeitura Municipal de BH, a comunidade recebeu a notícia de que a escola será reaberta apenas no ano de 2023. O motivo relatado pelo poder público é de que o prédio passará por reformas.
Localizada na rua Mendes de Oliveira, 446, no bairro Santo André, a escola foi interditada após as chuvas de fevereiro de 2020 por orientação da Defesa Civil, por estar em uma área de risco geológico.
:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::
Dois dias após a reunião, a comunidade escolar, que questiona os prazos apresentados, organizou um ato de denúncia para acelerar a reabertura da escola. Na ocasião, três manifestantes foram detidos.
Edição: Larissa Costa