Trabalhadores da Rede Minas decidiram manter a paralisação da categoria, em greve desde o início da semana. A decisão foi tomada em assembleia na terça-feira (22). Há sete anos sem reposição salarial, os profissionais denunciam que as remunerações estão completamente defasadas. Com a desvalorização, muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para conseguir manter as contas da casa.
“Com a inflação nas alturas e sem reajuste, os trabalhadores estão tendo que pegar empréstimo consignado para pagar o aluguel e para comer. A comunicação pública é afetada também. Como esse trabalhador vai conseguir produzir com qualidade?”, questiona Aline Frazão, diretora e produtora na Rede Minas.
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A categoria decidiu cruzar os braços após uma publicação da empresa que prevê que os empregados da Rede Minas passem, a partir de março, a produzir também para a Rádio Inconfidência com “custo zero”. O que, para a presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Alessandra Mello, na prática, significa o acúmulo de funções sem acréscimo salarial.
“É preciso que haja uma valorização do trabalhador, não adianta fazer planos maravilhosos para a Empresa Mineira de Comunicação se não tiver o trabalhador bem remunerado. Sem trabalhador não tem produção. Ninguém aguenta mais ganhar a miséria que é paga na Rede Minas”, denuncia a sindicalista.
Além do reajuste salarial e da não implementação do acúmulo de função, os trabalhadores da Rede Minas exigem uma lei de carreira que preveja a recomposição das perdas salariais e iguale a remuneração da categoria a dos radialistas da Rádio Inconfidência.
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Em solidariedade aos colegas grevistas, funcionários da rádio fizeram um ato simbólico na terça (22) em defesa dos direitos da categoria e pelo reajuste salarial.
Para se informar sobre a paralisação dos trabalhadores da Rede Minas, basta acompanhar a página dos Jornalistas de Minas ou o perfil Eu faço a Rede Minas, ambos no Instagram.
(Com informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais)
Edição: Larissa Costa