Desde sua campanha eleitoral, o governador Zema demonstrou que não possui nenhum apreço com os trabalhadores e servidores estaduais. Seu lema de campanha era privatizar, desburocratizar, cortar gastos, reduzir direitos previdenciários e trabalhistas. O anúncio de um jeito “novo” de governar era uma falácia. O que temos enfrentado é uma política velha, com um projeto neoliberal que já fracassou no estado e em todos os lugares do mundo onde foi aplicado.
O governo segue obcecado pela adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que pode inviabilizar a economia de Minas Gerais durante décadas. Pelas regras do Regime, a gestão financeira do estado será subordinada a um conselho de supervisão da União, haverá proibição de realização de concursos, proibição de investimento nas áreas sociais, aumento da alíquota previdenciária dos servidores, congelamento de salários e privatização de todas as estatais mineiras, tais como Copasa, Cemig e Codemig.
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Se aprovado, a adesão ao RRF irá comprometer qualquer perspectiva de desenvolvimento econômico em Minas, vai aprofundar um processo de exclusão e pauperização no estado, além de abrir mão de sua independência administrativa constitucionalmente assegurada. O governador Zema tem feito chantagem aos servidores estaduais e condiciona, de maneira covarde, o reajuste do salário à aprovação do RRF.
Zema não cumpriu a palavra
Zema assumiu o compromisso com o conjunto de servidores de que iria garantir o reajuste anual do salário para repor as perdas inflacionárias. Não cumpriu sua palavra durante esses três anos de governo e, agora, em véspera das eleições anuncia uma proposta de reajuste que não contempla a reivindicação das categorias.
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Esse é o jeito “novo’ de governar, que oferece nosso estado às mineradoras, ao agronegócio e ao rentismo, entregando nossas estatais e endividando os servidores estaduais. O funcionalismo público tem dado seu recado para esse governo que não cumpre acordos, corta direitos e prejudica os serviços públicos.
Paralisações e greve
Diversas categorias deflagraram paralisações e greves nos últimos dias, ocuparam as ruas da capital e denunciaram o desmonte do estado conduzido pelo governador Zema. A tentativa de construir a imagem de um governo correto e eficiente está desmanchando a cada dia.
Os servidores estaduais deram um passo fundamental na resistência aos intentos desse governo, mas ainda é preciso que o conjunto do povo mineiro entre em campo e impeça a continuidade desse projeto tão prejudicial à Minas Gerais.
Edição: Elis Almeida