A Associação dos Servidores Públicos Municipais de Santa Luzia (Asserluz) convocou uma paralisação dos servidores públicos do município, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para esta quarta-feira (16).
A motivação da convocação é a dificuldade de diálogo com a prefeitura municipal. “Durante as reuniões, era apresentada [pela prefeitura] uma proposta, mas, nas redes sociais, o chefe do Executivo postava algo bem diferente do que foi apresentado”, explicou Thiago Cristiano Serafim, presidente da Asserluz, ao Brasil de Fato MG.
Dentre as reivindicações, estão a implementação do auxílio alimentação para todos os servidores públicos do município, o pagamento do piso salarial nacional para os servidores da educação, o cumprimento do terço de jornada de trabalho da categoria e a reestruturação do Plano de Carreira.
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Quanto aos trabalhadores da saúde, o movimento reivindica a elaboração do Plano de Carreira da Saúde e o seu envio à Câmara Municipal para a aprovação. Outra demanda é a regulamentação do pagamento da insalubridade para a categoria.
O movimento reivindica ainda o reenvio à Câmara do Plano de Carreira dos servidores da Guarda Civil, aprovado em 2020 e revogado posteriormente.
Servidores sem plano de carreira
Segundo Thiago, os servidores da administração de Santa Luzia nunca tiveram plano de carreira efetivo, ainda que esse direito seja assegurado pela Constituição Federal. Nesse sentido, a Asserluz elaborou uma proposta de Plano de Carreira da categoria e reivindica que o documento seja encaminhado à Câmara Municipal.
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Os servidores ainda demandam a reforma do prédio da Administração Central. “Trata-se de um local parcialmente interditado pelo Corpo de Bombeiros, sem acessibilidade, com mofo, animais peçonhentos e diversos problemas estruturais. Os prédios localizados na sede da Prefeitura de Santa Luzia são totalmente insalubres e colocam em risco a integridade física dos servidores”, explica Thiago.
Servidores protestam
Ainda na quarta-feira (16), a partir das 9h, o movimento realiza um protesto, em frente à sede da prefeitura. Durante a manifestação, os servidores irão deliberar sobre os próximos passos da mobilização.
Segundo Thiago, caso a prefeitura não procure o movimento para dialogar, existe a possibilidade de deflagração da greve. “Até o momento não fomos procurados pelo Executivo para tratar das demandas. A continuar este cenário, uma greve não está descartada”, enfatiza.
Outro lado
Em nota ao Brasil de Fato MG, a Secretaria Municipal de Administração da Prefeitura Municipal de Santa Luzia afirma que é "é estranha essa informação de dificuldade para estabelecer diálogo com o Executivo, uma vez que a secretaria nunca fui procurada pela Asserluz". Afirma ainda que o secretário Thiago Henrique Ferreira procurou o presidente da associação alguns meses atrás para conversar e colocar-se à disposição.
Na época, segundo a nota, o secretário recebeu as demandas, via WhatsApp, e respondeu o que lhe cabia. "O que eles [Asserluz] têm é uma lista de demandas que estão pleiteando, a qual de fato ainda não foi devidamente discutida. Mas não existe isso de falta de diálogo", concluiu a nota.
Edição: Larissa Costa