Professoras e professores se reuniram na tarde desta quarta-feira (16), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Com caravanas vindas de todo o estado, a assembleia organizada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) teve a presença massiva da categoria e decidiu pela continuação da greve.
Os educadores reivindicam que o governador Romeu Zema (Novo) cumpra a Lei Nacional e a Estadual e comece a pagar o Piso Salarial Nacional. Atualmente, o piso nacional da categoria é de R$ 3.845,63, mas o vencimento básico de um professor em Minas Gerais é de R$ 2.135,64.
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De acordo com a direção do Sind-UTE/MG, desde 2019, início da atual gestão do governo mineiro, foram realizadas 19 reuniões com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), mas nenhuma proposta concreta foi apresentada pela administração estadual.
Mobilização contra PL que congela salários
Outra pauta reivindicada pela greve é a não aprovação do Projeto de Lei 1.202/2019, o chamado Regime de Recuperação Fiscal, que impactará diretamente nos salários dos servidores e nos serviços públicos, como a educação.
“O Regime congela salários e carreiras, proíbe realização de concursos e reajustes salariais por até nove anos, amplia as privatizações de empresas públicas, precariza os serviços públicos”, relembrou a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, a professora Denise Romano.
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A deputada estadual e presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, Beatriz Cerqueira (PT), esteve na assembleia e também se pronunciou contra o PL.
“A verdade é que não existirá Piso Salarial Profissional Nacional por nove anos, caso o Regime seja aprovado. Contem com nosso apoio na defesa dos serviços públicos e contra o PL 1.202”, ressaltou.
Próximo ato e reunião de mediação
Nesta quinta-feira (17), os professores realizam mais um protesto às 9h na Cidade Administrativa, em BH. No mesmo dia também acontece mais uma reunião de mediação entre o sindicato e o governo de Minas, chamada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais a pedido do Sind-UTE/MG.
O calendário aprovado pela assembleia nesta tarde prevê ainda a realização de plenárias locais e o aumento da mobilização em escolas, que não aderiram à greve, entre os dias 17 e 23 de março. Em 22 de março, professores participam da audiência pública realizada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, que terá como tema o Piso Salarial Profissional Nacional.
A próxima assembleia estadual dos educadores está marcada para 23 de março.
Edição: Larissa Costa