A festa “Brota no Baile” é uma iniciativa do Levante Popular da Juventude em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Minas Gerais. A ideia é ocupar mensalmente o Armazém do Campo e realizar um evento que aproxima a juventude da cultura, da arte e da política.
A primeira edição aconteceu no dia 14 de abril e contou com a participação da rapper OGCapitu como mestre de cerimônia, o rapper carioca Onã, que cantou músicas do seu EP “Afromanotropical”, o DJ Capone e os integrantes da festa MUVUKA D.A.N.V e DJ Kingdom.
A programação ainda contou com os artistas LaCruz, Fênix e Pocket, que realizaram uma intervenção de graffiti durante a festa. Aproximadamente 200 pessoas compareceram ao evento. Para João Gualberto, estudante de ciências sociais e um dos organizadores da festa, a organização da juventude necessariamente passa pela arte e pela cultura, mas o momento pelo qual passa o país impõe muitos desafios.
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“A juventude sempre foi protagonista das transformações sociais, políticas e econômicas em nosso país, lutando contra a ditadura e contra os retrocessos”, aponta. “Acreditamos que a cultura é uma ferramenta importante, pois é uma das formas de valorização e de reconhecimento dos artistas, de geração de renda e de diálogo com a juventude”, completa.
Segundo a DJ Kingdom, articuladora cultural que participou da primeira edição da festa, o evento pretende ser um espaço de encontro, de organização e de criação de vínculos entre as pessoas.
Juventude da periferia
“A ‘Brota no Baile’ vem com uma missão muito linda, que é trazer esse vínculo para os jovens belorizontinos, de cada um sair da sua região, se encontrar para usufruir de arte e acompanhar o trabalho de diferentes artistas. Esse elo que a gente cria com as pessoas é o que faz a cultura acontecer”, afirma.
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Ela ressalta que a pandemia do coronavírus afastou as pessoas e especificamente os jovens ficaram sem espaços ondem possam se expressar livremente, sobretudo os da periferia.
“Não temos os mesmos acessos dos jovens de classe média, nem dá para comparar, porque seria muito injusto. Então, temos que ter a responsabilidade como articuladores da cultura, de fazer rolês acessíveis", aponta a Dj Kingdom.
Edição: Larissa Costa