Racismo é uma ideologia perversa que mata literalmente várias vidas e sonhos
O futebol, esporte que mobiliza milhões de pessoas e dinheiro pelo mundo, infelizmente, revela uma triste realidade: o racismo dentro e fora de campo.
Chama atenção que, até mesmo nas seleções africanas, não há muitos técnicos negros. Aqui no Brasil, apesar de a metade da população ser negra, pouco a gente vê treinadores negros ou dirigentes.
Vi poucos goleiros negros também. Dentro das quatro linhas sempre foram recheadas de craques negros. Aliás, quase nenhum desses craques lutou ou falou sobre o racismo no país.
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Engraçado que pernas de paus sempre viram bons técnicos. Sempre brancos. Talvez, seja um mito que fomentamos historicamente que negros não têm capacidade cognitiva de assumir lugares de mando ou de coordenação.
Para ser um craque, você tem que possuir inteligências múltiplas. Que no mínimo são oito. Será que não possuímos realmente uma inteligência para comandar? Racismo é uma ideologia perversa que mata literalmente várias vidas e sonhos.
Espero ainda ver uma Copa no continente africano com muita diversidade nos bancos onde ficam os treinadores.
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O que estamos assistindo na Libertadores é uma vergonha para nosso continente americano. A cena do torcedor argentino imitando macaco nas arquibancadas brasileiras é, no mínimo, caso de punição séria. Nada aconteceu. O torcedor argentino ainda saiu fazendo chacota nas redes sociais.
Ah, segue o jogo! O VAR não viu o impedimento dessa vez!
Rubinho Giaquinto é covereador da Coletiva em Belo Horizonte.
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Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal
Edição: Larissa Costa