Após a realização de uma audiência na Justiça criminal, no dia 10 de maio, Pablo Henrique, dirigente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro MG), conseguiu um acordo e fará trabalho voluntário em Belo Horizonte.
O metroviário foi processado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa à qual ele é vinculado, em 2021. Quando a ação foi movida, a categoria estava em greve sanitária, reivindicando a vacinação dos funcionários contra a covid-19. Na época, a CBTU entrou na Justiça para tentar impedir a paralisação.
Pablo acredita que sofreu perseguição política da empresa. Ao Brasil de Fato MG, o sindicalista contou que, durante uma atividade da greve, foi algemado e conduzido a uma delegacia.
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“A empresa já estava em um processo de perseguição contra mim. Durante a pandemia, fui trocado de setor. Abriram um processo na Justiça para me demitir por justa causa e, mesmo eu tendo ganhado em duas instâncias, a empresa recorreu. Isso tem a ver com a nossa atividade sindical”, explica.
Pablo e sua advogada apresentaram ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um pedido de arquivamento do processo que não foi aceito. Para que o processo não fosse levado adiante, o dirigente sindical concordou em realizar, durante o período de um mês, trabalho voluntário.
Conjuntura
Ele acredita que seu caso não é isolado. Para ele, o atual cenário político brasileiro é de conivência entre as instituições para atacar os trabalhadores.
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“Estamos lutando para barrar a privatização e garantir os empregos. A Justiça, o governo federal e a empresa estão alinhados. Ainda mais em um governo autoritário como o atual”, enfatizou o sindicalista.
Edição: Larissa Costa