O tradicional Samba da Meia Noite realiza um ciclo de seis oficinas, realizadas quinzenalmente entre abril e junho, intituladas como “Escola de sambadeiras", no Centro Cultural Nordeste – Usina de Cultura, em Belo Horizonte. O objetivo é formar e fomentar sambadeiras com foco em samba de roda.
As atividades possuem um cunho formativo e mesclam momentos teóricos e práticos, a fim de possibilitar trocas de conhecimento entre mulheres sobre toques, cantigas, mestres e mestras, e os passos base da dança.
As oficinas já realizadas tiveram os temas “A origem de samba de roda e sua diversidade regional”, “Samba de roda: tradição, religiosidade e cultura” e “Metáforas corporais: influência, energia e identidade dos encantados”.
“Nós paramos o samba na rua, mas não paramos de pesquisar, de refletir, de fomentar e de buscar formas para manter o samba vivo. E a escola de sambadeiras é uma dessas formas, de manter vivo”, comenta Rogéria Fernanda, sambadeira, educadora social e cofundadora do Samba da Meia Noite, o do projeto “Escola de sambadeiras”.
:: Leia mais notícias do Brasil de Fato MG. Clique aqui ::
A próxima oficina acontece neste sábado (21), com o tema “Musicalidade: corpo, canto e tambor”. “Musicalidade agrupa corpo, canto e tambor. Vale muito a pena conferir e participar, porque vamos trabalhar os ritmos, a poesia, harmonia dessa poesia, a força, a alegria e como isso tudo se transforma em samba de roda”, conta Rogéria.
Na metodologia das oficinas, estão incluídos momentos teóricos e práticos, e segundo a cofundadora do projeto, ambos momentos são essenciais para a aprendizagem.
“A oficina mescla muito esses momentos, o que ajuda na vivência e na junção corpo, mente, tambor e grupo. Grupo no sentido de agrupar as vivências, de jogar para roda nossa ancestralidade, nosso conhecimento. E o teórico vem no lugar de fortalecer a história”, diz Rogéria. “Junto com o corpo e o movimento vem a possibilidade de se soltar, de ser você, de ser livre. O samba é o momento que a gente se liberta”, completa.
A mulher no samba de roda
Nas manifestações culturais afro-brasileiras, mulheres se revelam como participantes ativas. Segundo Rogéria, é comum e histórico no samba de roda a presença de mulheres, na performance cênica e musical, com vestimentas coloridas, vozes, palmas, pés e gestos.
:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::
“O samba de roda sem a mulher não existe, é um samba para mulher, da mulher'', comenta.
Mais informações
A próxima oficina acontece no dia 21 de maio, das 13:30 às 16h, no Centro Cultural Nordeste – Usina de Cultura. O endereço é Rua Dom Cabral, 765, no bairro Ipiranga, em Belo Horizonte. As inscrições para a oficina podem ser realizadas em @sambadameianoite, no Instagram.
Edição: Larissa Costa