Em mobilização desde abril, professores da rede privada de ensino de Minas Gerais decidem nesta terça-feira (24) se deflagram ou não uma greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica recomposição salarial de acordo com a inflação acumulada desde 2020 e um ganho real de 5%. Além disso, buscam a manutenção dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, a regulamentação do trabalho virtual, entre outros pontos.
Valéria Morato, presidenta do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro/MG), explica que os trabalhadores já realizaram oito rodadas de negociação. “Os professores estão muito indignados. Em 2020, os professores entenderam qual era a realidade das instituições e não tiveram recomposição salarial. Em 2021, tivemos uma recomposição abaixo da inflação. Mas, agora as coisas estão normalizadas”, explica.
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A sindicalista ressalta ainda que as instituições privadas de ensino já retomaram o fôlego financeiro após o isolamento social. De acordo com um levantamento realizado pelo sindicato, considerando a média atual da mensalidade nas escolas, cerca de quatro alunos pagariam o salário base dos professores, já levando em conta os encargos sociais. Em média, as turmas são compostas por 30 alunos.
"Não há justificativa para não atender a demanda dos professores”, reitera Valéria. “O que os professores passaram na pandemia, levaram as escolas para dentro de suas casas, investiram em maquinário, internet, tudo do próprio bolso e agora precisam ser reconhecidos e valorizados", endossa.
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A assembleia dos professores da rede privada de ensino de Minas Gerais acontece, nesta terça (24), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, às 10h.
Edição: Larissa Costa