Minas Gerais

INDIGNAÇÃO

Políticos mineiros repudiam assassinato de dirigente petista

Parlamentares de Minas acreditam que morte de Marcelo de Arruda é consequência da política bolsonarista

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
O guarda municipal deixou a esposa e quatro filhos, o mais novo com apenas um mês de idade - Foto: Reprodução

Após o assassinato de Marcelo de Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), lideranças políticas de Minas Gerais manifestaram repúdio à violência política e se solidarizaram com a família do guarda municipal. 

Nas redes sociais, o deputado federal Rogério Correia (PT) denunciou que o crime cometido no Paraná é resultado da forma bolsonarista de fazer política com ódio. 

“Fazem famílias e pessoas sofrerem por fanatismo, terrorismo e extremismo”, enfatizou Correia. 

Executado por um apoiador de Jair Bolsonaro, os familiares e amigos de Marcelo viram seu ente querido perder a vida durante a comemoração de seus 50 anos de idade, tendo como temática o Partido dos Trabalhadores, do qual ele era filiado. 

O guarda municipal deixou a esposa e quatro filhos, o mais novo com apenas um mês de idade. A deputado estadual Beatriz Cerqueira (PT) lamentou a tragédia. 

“A notícia é tão cruel, que nem acreditamos! Essa política bolsonarista a serviço da morte, assassina! Quando falamos de fascismo, é isto, assassinar quem pensa diferente”, comentou Cerqueira, nas redes sociais. 

Além do assassinato de Marcelo, relatos de intimidações, ameaças e agressões, devido a posicionamentos políticos, têm aumentado por parte da oposição ao atual governo. 

A ex-secretária de saúde de Juiz de Fora (MG), na Zona da Mata mineira, Ana Pimentel declarou que acredita que o bolsonarismo implementou a violência na política brasileira.  “Seu maior símbolo é a arma”, afirma.

Para a vereadora de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Dandara Tonantzin (PT), a atmosfera de ódio e medo é parte da estratégia bolsonarista para se manter no poder. “Precisamos contra-atacar com luta, não tem eleição ganha”, afirma. 

Preocupada com o acirramento desse cenário, a vereadora de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT) questiona os rumos da política brasileira. 

“Temos o diagnóstico de que a eleição deste ano será a mais violenta do país. No planejamento, estou fazendo orçamento de carro blindado e de seguranças”, relata Duda. 

Criticando a leitura de quem culpabiliza a polarização política pelo ocorrido com Marcelo, a também vereadora da capital mineira Iza Lourença (Psol) lamentou a banalização do crime cometido contra o guarda municipal.

“Uma nojeira de quem defende a tal ‘terceira via’ contra Lula, que, desde o golpe, só faz alimentar o fascismo bolsonarista. Covardia sem tamanho”, afirmou a psolista, nas redes sociais. 

Já a dirigente do PCdoB de Minas Gerais Jô Moraes, afirmou que é preciso frear o ódio em curso no Brasil. “Este país deve ser pacificado imediatamente”, completou.



 

Edição: Larissa Costa