Minas Gerais

ELEIÇÕES 2022

Candidatos a vice de Kalil e Zema divergiram sobre valor do reajuste da educação e segurança

André Quintão defendeu 33,06% de reajuste para educação, já Mateus Simões, candidato a vice de Zema, defendeu 10,06%

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Foto direita: Reprodução/ André Quintão - Foto esquerda: Karoline Barreto/CMBH

Em momentos de ausência do governador, o cargo é imediatamente preenchido por seu companheiro de chapa. Desta forma, com a proximidade das eleições, é importante também conhecer as propostas, posicionamentos e trajetórias dos candidatos a vice-governador.

Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD) seguem à frente na corrida eleitoral. O candidato à reeleição enfrentou impasses na definição de seu vice e acabou concretizando uma chapa puro-sangue com Mateus Simões, do mesmo partido, o Novo. Ao lado do ex-prefeito da capital mineira quem caminha é André Quintão, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Diferenças

Entre os temas que ganharam destaque no início deste ano, e que os candidatos a vice declararam posições divergentes, está o reajuste salarial dos servidores públicos estaduais.

No mês de março, o governo Zema apresentou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais o Projeto de Lei (PL) 3568/2022 propondo reajuste de 10,06% para todas as categorias do serviço público.

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Durante a tramitação, parlamentares apresentaram emendas que previam percentual adicional de 14% para os reajustes da saúde e da segurança pública. Já à educação, a proposta concedia um adicional de 33,24%, de forma a cumprir com o pagamento do piso salarial da categoria.

Em meio a greves, mobilizações e manifestações, a ALMG aprovou o projeto com as adições em primeiro e segundo turnos.

Na ocasião, em entrevista ao programa Rádio Vivo, da rádio Itatiaia, o agora candidato a vice-governador na chapa de Zema, Mateus Simões, chamou a concessão dos reajustes adicionais de “gracinha”.

“O governador tem responsabilidade. Então, vai ser aprovado e os 10% vão ser sancionados. As gracinhas que foram feitas ontem (quinta-feira) na Assembleia, infelizmente, não têm a menor possibilidade de serem aprovadas”, declarou. Ele acusou a ALMG de aprovar reajustes maiores sem indicar de onde viriam os recursos para pagar os salários.

Na época, o vencimento básico de um professor em Minas Gerais era de R$ 2.135,64, enquanto o piso salarial nacional da categoria era de R$ 3.845,63. Atualmente, Mateus Simões tem R$2.985.259,12 declarados em bens.

:: Leia também: Deputados de Minas derrubam veto de Zema a reajustes para servidores :: 

Líder do bloco Democracia e Luta na ALMG, André Quintão (PT) foi um dos parlamentares que votou favorável ao PL e afirmou que a decisão do parlamento demonstrou sua capacidade de se posicionar em favor dos interesses populares.

“Isso mostra que a Assembleia tem independência e que conseguimos juntar esforços para defender o interesse da população mineira. O reajuste salarial é justo e valoriza os profissionais dessas categorias que trabalham na ponta, muitas vezes em condições precárias”, afirmou André, nas redes sociais.

Em abril, Zema sancionou o PL, mas vetou os artigos que previam os reajustes adicionais. Por 55 votos favoráveis à três, a ALMG derrubou o veto. Porém, o governador judicializou a decisão.

Conheça o perfil dos vices

André Quintão (PT)

Assistente social e sociólogo de formação, o candidato a vice de Kalil nasceu em Belo Horizonte, em 1964. André Quintão está em seu quinto mandato consecutivo na ALMG, foi vereador da capital mineira por duas gestões e atuou como secretário Municipal de Desenvolvimento Social de Belo Horizonte na Administração Patrus Ananias (1994/96).

Entre os Projetos de Lei de autoria de Quintão aprovados na ALMG está o PL 2.230/20, que obriga o Estado a garantir vacina contra covid-19 para toda a população.

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Mateus Simões (Novo)

Nascido em 1981, no estado do Tocantins, Mateus Simões é advogado. 

Eleito vereador de Belo Horizonte em 2016, o candidato a vice de Zema deixou o cargo em março de 2020 para assumir o de secretário-geral do Estado.

Na votação do Novo Plano Diretor de Belo Horizonte, em 2019, Simões foi contrário e chamou a iniciativa de “Plano Diretor da esquerda”.

Edição: Elis Almeida