Em 12 meses, a cesta de alimentos em Belo Horizonte ficou 13,37% mais cara, embora, no último mês, tenha ocorrido uma queda de 2,13%. As informações são da última pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A queda do mês de agosto foi verificada em 16 das 17 capitais estudadas pelo Dieese.
De acordo com a pesquisa, em um ano, 11 dos 13 produtos estudados ficaram mais caros na capital mineira: leite (67,41%), farinha de trigo (39,55%), banana (34,56%), café (33,56%), feijão (20,08%), manteiga (18,69%), pão de sal (18,60%), batata (13,97%), açúcar (12,29%), óleo de soja (4,74%) e carne (3,31%).
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Atualmente, o preço médio da cesta básica é R$ 638,19, isto é, 56,93% do salário mínimo, após o desconto da contribuição à Previdência, de 7,5%. O tempo médio de trabalho necessário para um trabalhador que recebe o mínimo adquirir uma cesta básica foi de 115 horas e 50 minutos.
Salário não dá
Tomando como base os custos mais elevados, que foram os de São Paulo, o Dieese calculou o mínimo necessário para cobrir as despesas de uma família de dois adultos e duas crianças com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em agosto, esse valor foi R$ 6.298,91, ou seja, 5,20 vezes o mínimo atual, que é de R$ 1.212,00.
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Na última semana, o governo federal enviou ao Congresso uma proposta para o mínimo, em 2023, de R$ 1.302. O reajuste de 7,4% não representa nenhum ganho acima da inflação. Dessa forma, com Bolsonaro, o salário mínimo vai para o quarto ano consecutivo sem aumento real.
Edição: Larissa Costa