Minas Gerais

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Como seria sua vida com menos carros nas ruas?

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Divino Advincula - PBH
O Dia Mundial Sem Carro, 22 de setembro, convida a refletir sobre uma cidade diferente

Imagine uma cidade onde todos os meios de transporte coletivos são gratuitos. Você poderia pegar ônibus, metrô e trem de graça para qualquer lugar. Se isso fosse verdade, você teria carro? Eu acho que um número considerável de pessoas diria que não.

Com menos carros na rua, teremos menos emissão de gases na atmosfera. Teremos menos barulho, menos trânsito, menos engarrafamento. Teremos menos necessidade de fazer viadutos e trincheiras e mais espaço para praças, parques, feiras, ciclovias. Teremos mais gente nas ruas e mais segurança para transitar nelas, o que vai aumentar o comércio e gerar mais renda para a população. A economia ganha, o meio ambiente ganha, a cidade ganha. Você ganha.

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Esse exercício de imaginação é importante para perceber que uma cidade diferente é possível. Muita gente nos diz que tarifa zero é impossível, como se, junto com Adão e Eva, tivesse surgido a passagem de ônibus. Cobrar para acessar um meio de transporte foi uma ideia criada pela humanidade, não tem nada de natural nisso. E se a nova ideia for não cobrar para acessar um meio de transporte? É possível. E bem melhor.

Hoje, 22 de setembro, é o Dia Mundial Sem Carro, dia que tem como objetivo trazer esta reflexão à tona: precisamos mesmo de carros? Por quê? Um dos motivos é o fato de o transporte ser ruim, o trânsito infernal e os serviços distantes da nossa casa. Uma das possibilidades para mudar isso é, por exemplo, estabelecer tarifa zero. Muitas cidades têm adotado essa medida. A mais recente é Ibirité, pertinho de Belo Horizonte.

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No dia de hoje, convidamos todas e todos a imaginarem um mundo diferente. Pensa aí: como seria sua vida se o ônibus fosse de graça? O que você faria se tivesse menos carros nas ruas? Voltaria a andar de patins? E se não existisse o viaduto perto da sua casa, suas manhãs seriam mais silenciosas e agradáveis? E com mais gente nas ruas até sua casa, se sentiria mais seguro para chegar do trabalho a pé? Eu sim, com certeza.

Juliana Afonso é jornalista e integrante do movimento Tarifa Zero BH.

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Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal

Edição: Larissa Costa