Moradores do Aglomerado da Serra, na capital mineira, organizaram uma ação na segunda (17) para repudiar a fala de Jair Bolsonaro (PL) no debate na Band, no último domingo (16). Uma projeção na comunidade apresentou as frases “respeita a favela, Bolsonaro” e “Serra fechada com Lula”.
Durante o debate, o atual presidente disse que na visita ao complexo do Alemão, Lula estava rodeado de traficantes. “Não tinha um policial do seu lado, só traficante. Tanto é verdade sua afinidade com traficantes e bandidos que nos presídios do Brasil, a cada cinco votos, você teve quatro votos”, disse o candidato à reeleição.
Em resposta, Lula disse que na comunidade só tinha gente trabalhadora, um “povo extraordinário”. “Ali não tinha bandido na passeata. Tinha mulher e homem que trabalham, que levantam às 5h da manhã para trabalhar", afirmou o petista.
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CPX
Esse ataque não foi o primeiro de Bolsonaro relacionado à visita de Lula no Complexo do Alemão. Na semana passada, ao realizar a passeata na comunidade e usar boné com a sigla CPX (abreviação para complexo), a base bolsonarista associou o boné a facções criminosas.
As fake news divulgadas por bolsonaristas nas redes sociais culminaram em revolta entre internautas e comunicadores comunitários, que disseram que foi mais uma tentativa de Bolsonaro criminalizar a população periférica.
Intenção de voto nas comunidades
A pesquisa Ipec, divulgada na segunda-feira (17), apontou que a vantagem de Lula (PT) sobre Bolsonaro (PL) entre eleitores de periferias cresceu oito pontos percentuais na comparação com o levantamento anterior do instituto.
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Na pesquisa anterior, Lula possuía 50% das intenções de voto nesse segmento. O petista oscilou um ponto para cima, agora tem 51%. Já Bolsonaro, que estava com 45%, passou a aparecer com 38%.
Edição: Larissa Costa