Minas Gerais

SEGUNDO TURNO

Editorial | Está na hora do Jair, já ir embora

Derrota do atual presidente é o fim de um pesadelo. E um passo decisivo para nossa construção enquanto nação

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Sergio Lima - AFP

Convivemos durante quatro anos com a construção entre o povo brasileiro de um discurso e uma prática raivosa, intolerante e preconceituosa.

Essa atitude é um meio para se atingir outro objetivo. O governo federal que está em vias de acabar esteve durante todo o tempo a serviço dos interesses das elites brasileiras. Sua política aumentou a desigualdade social, aumentou a pobreza e a extrema pobreza e retirou direitos.

Buscando agradar aos setores do agronegócio e empresariais fragilizou as leis trabalhistas e ambientais, sendo hoje uma ameaça a continuidade da Amazônia.

Apoiado pela extrema direita mundial, isolou o Brasil do mundo prejudicando nossa economia. É sinônimo em todo o mundo de autoritarismo e do neofascismo.

Candidato a ditador, Bolsonaro não esconde seus anseios, se ganhar, buscará ter o poder Legislativo e Judiciário nas mãos, e as Forças Armadas.

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Enxergando a grave ameaça, uma enorme Frente Ampla se formou em torno da candidatura Lula. Essa Frente vai do ultraliberal Amoêdo do partido Novo, passando por Ciro Gomes, Simone Tebet, chegando ao MST e ao conjunto dos partidos de esquerda, além de artistas, intelectuais e presidentes de todo o mundo.

União em defesa do Brasil

Não é para menos. Mesmo divergindo em termos de programa – uns querem mais Estado para diminuir a desigualdade social, outros querem mais mercado, para aumentar seus lucros – a união é em defesa do Brasil e do povo brasileiro.

Se o atual presidente ainda tem uma percentagem elevada de intenções de voto nas pesquisas, se deve, sobretudo, a uma atitude conivente da mídia empresarial. A mídia patronal (Globo, Folha, SBT, Estadão, Estado de Minas, O Tempo, Veja, etc) buscou, durante praticamente todo o mandato, preservar seus interesses de mercado – que são os mesmos de Bolsonaro - e não denunciaram desde sempre o caráter anti democrático do presidente.

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Mesmo contando com essa omissão, com uma indústria gigante de fake news, apoio internacional, a máquina estatal que liberou em período eleitoral mais de R$ 300 bilhões e o orçamento secreto, a maior probabilidade é da derrota de Bolsonaro no dia 30 de outubro.

Para o Brasil é um sonho e o fim de um pesadelo. E um passo decisivo para nossa construção enquanto nação. Um primeiro passo para consertar tanto estrago e construir as condições para a democratização do Brasil, da sua riqueza, do seu solo, da cultura, do acesso a educação e à saúde.

A democratização da alegria e do direito a ser feliz de novo.

Edição: Elis Almeida