Em todo o Brasil, o mês de novembro é marcado por diversas atividades que relembram e homenageiam as lutas da população negra. Em Belo Horizonte, a programação conta com eventos culturais, políticos e artísticos, além de oficinas, mostras e shows.
Um dos motivos da escolha do mês como marco da resistência negra é o assassinato do líder quilombola e símbolo da luta contra a escravidão Zumbi dos Palmares, que foi assassinado no dia 20 de novembro.
A data é oficializada como Dia da Consciência Negra, conforme a Lei Federal 12.519, sancionada em 2011, pela então presidenta Dilma Rousseff.
Confira programação gratuita:
BH sem Racismo
Os equipamentos públicos municipais de cultura da capital mineira organizaram uma programação para o mês, que conta com 32 atividades, em 14 centros culturais. Confira algumas:
Circuito Hip Hop Barreiro: de 12 de novembro a 11 de dezembro, o evento conta com ações formativas, batalhas de MCs e chamamento público para as artes visuais, com foco na cultura Hip Hop. As atividades acontecem nos Centros Culturais Municipais do Barreiro.
Semana Literária - Afro Foco: a programação acontece no Centro Cultural Urucuia e visa promover a literatura afro-brasileira e africana, a partir de rodas de conversas, slams, saraus e oficinas, entre os dias 16 e 19 de novembro.
Conversas ao Pé do Fogão: é um encontro temático sobre culinária afro-brasileira, que acontece no Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, no dia 23. No mesmo local, acontece também a exposição “Projeto Moçambique Também é Aqui!”, que exibe registros fotográficos do moçambicano Albino Moisés e a Pisada de Caboclo (27), que congrega povos de terreiro e povos indígenas.
Para acessar a programação completa, clique neste link.
FIT BH
O Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte também conta com 17 atrações que integram a programação do Mês da Consciência Negra, como a exibição da performance “EBÓ”, no dia 11, no Cine Santa Tereza. Para saber mais, clique neste link.
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“Mostra Corporeidades Negras”
A iniciativa busca reverenciar baluartes do cinema nacional que contribuíram para forjar o pensamento em torno de representações menos estereotipadas dos corpos negros no audiovisual brasileiro.
A mostra começa na quarta (16), às 16h30, com a exibição do curta experimental “Alma No Olho”, de Zózimo Bulbul, e do documentário “A Negação do Brasil”, de Joel Zito Araújo.
Batuque do Quilombo dos Arturos
Considerado parte do Patrimônio Cultural Imaterial, o batuque é um ritual representado pela dança de umbigada e pelas cantigas de roda, que são levadas ao som dos tambores e das violas.
A atividade acontece no Memorial Minas Gerais Vale, na Praça da Liberdade, número 640, na Savassi, às 10h30.
Exposição Fotográfica - Rainhas Negras
A exposição conta com 20 obras fotográficas e artísticas, produzidas por Márcio Silva, em parceria com as maquiadoras Camila Sampaio, Lucy Vianini, Nayuri Leandra. O evento de lançamento, no dia 19, conta com um desfile de moda afro, com a presença de personalidades do mundo da área. A exposição acontece na Rua Padre Júlio Maria, número 1577, no bairro Alto Vera Cruz.
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3ª Mostra Negritude em Pauta no Audiovisual
Idealizada pelo Coletivo Coisa de Preto, a mostra evidencia produções de baixo e baixíssimo orçamento de jovens cineastas negros e negras. A edição deste ano vai até o dia 15 de novembro e tem como um de seus destaques a modalidade competitiva “Se Reinventar na Pandemia”, que revisita produções audiovisuais produzidas no período pandêmico. O público poderá votar para escolher os filmes que mais gostaram para serem premiados pelo evento.
Edição: Ana Carolina Vasconcelos