Minas Gerais

SEM VALORIZAÇÃO

Técnicos e analistas da Unimontes e da UEMG cobram revisão salarial e progressão na carreira

Servidores demoram 28 anos para chegar a salário de pós-graduação, mesmo tendo o título

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Crédito - Reprodução

Um salário três vezes menor que o praticado em outros estados e sem progressão por nível de escolaridade. É essa situação que servidores das universidades estaduais de Minas Gerais denunciaram, na quarta (16), em reunião da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Os salários-base praticados hoje pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) são de R$ 1.155,64 para técnicos e R$ 2.522,68 para analistas, por 40 horas semanais, segundo Vanessa Pereira, analista universitária e presidenta da Comissão Permanente de Gestão dos Serviços Técnicos Administrativos da UEMG.

Fora o baixo salário-base, a demora na progressão salarial também tem sido um grande problema para os servidores.

Marina de Almeida, também da Comissão Permanente de Gestão dos Serviços Técnicos Administrativos da UEMG, frisou que os professores da universidade fazem uma progressão bem mais rápida. Logo que saem do estágio probatório (primeiros três anos após admissão), têm o direito de ir para o nível 4 ou 6, conforme sua escolaridade.

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Em contrapartida, os técnicos universitários demoram 18 anos para chegarem no nível 4 da carreira, que corresponde à titulação de nível superior, e mais dez anos para atingir o nível 6, que é o de pós-graduação. Mesmo que eles já tenham o título de graduação e de pós.

Lei pode mudar cenário

Os elementos mostrados pelos técnicos e analistas reforçam o Projeto de Lei 3.983/2022, proposto pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, como desdobramento de audiência anterior.

O PL pretende autorizar o governo de Minas a conceder promoção por escolaridade adicional aos servidores nos cargos de técnicos universitários e analistas. "Os técnicos e analistas ficam muito invisibilizados. É preciso, sim, olhar para os docentes, mas, sem esses servidores, as universidades não funcionam", defendeu Beatriz.

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O texto deve receber parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de começar a tramitar na ALMG.

Edição: Larissa Costa