Minas Gerais

ECONOMIA

O que são bancos comunitários? Encontro online pretende estimular iniciativas em MG

Exemplo do Banco de Sevilha vai servir para fomentar debates online, nos dias 8 e 9 de dezembro

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Integrantes do Banco Sevilha, de Ribeirão das Neves, participam de lançamento de livro baseado na sua experiência - Foto: Reprodução @bancosevilha

Que tal contribuir para o crescimento da economia do seu próprio bairro? É simples: ao invés de comprar no supermercado ou na grande loja de construção, a ideia é consumir produtos no local onde você mora. A vantagem é que isso faz o dinheiro girar no seu território e pode beneficiar toda a vizinhança.

Para dar um salto a mais a economia do bairro, pode-se criar um banco comunitário. Suas atividades principais são serviços financeiros, como abertura de conta, transferências, pagamentos, cobranças e oferta de crédito produtivo, para consumo ou habitacional.

Além disso, um banco comunitário trabalha para criar redes de produção e consumo, ou seja, conectar quem vende com quem compra, e diversos negócios entre si, reorganizando a economia local. Os princípios usados nessa reorganização são os valores da Economia Solidária: a propriedade coletiva, autogestão, democracia direta e autonomia financeira, valorizando os pequenos negócios.

Difícil imaginar? Pense por esse lado: ao invés de ir a um banco para abrir uma conta, fazer transferências e até pegar empréstimo, você iria ao banco do seu bairro. Sem contar que taxas, juros e outros pormenores podem ser decididos pelos próprios moradores.

O exemplo de Neves

As informações acima são do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), que auxiliou a criação de um banco comunitário no bairro Sevilha, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Durante seis meses, alunos e professores do Campus Ribeirão das Neves deram aporte à comunidade, mas, agora, moradores do bairro levam a proposta à frente por meio de sua própria organização.

O Banco Comunitário Sevilha já até virou livro. "Como criar um banco comunitário", escrito por Márcio Rosa Portes e Júnio Cruz, foi lançado em outubro deste ano.

Atualmente, a comunidade trabalha para fortalecer o Fundo de Microcrédito Produtivo e, para isso, realiza uma campanha de arrecadação. No Instagram @bancosevilha, alguns integrantes do banco divulgam: “ajudem o Banco Sevilha a nos ajudar”. O fundo servirá como investimento no processo de produção das Saboeiras de Neves, por exemplo.

 

Doações podem ser feitas pelo PIX (CNPJ): 44.550.548/0001-80, ou por transferência, para Instituto de Desenvolvimento Banco Sevilha - Banco: Cora SCD - 403, Agência: 0001, Conta: 2811001-6, Titular: IDBS - Instituto de Desenvolvimento Banco Sevilha.

Encontro online

Para estimular a criação de novos bancos comunitários em Minas Gerais, nos dias 8 e 9 de dezembro (quinta e sexta) acontece o Encontro Mineiro Pró-bancos Comunitários, das 18h às 21h30. O debate será ao vivo e online. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link.


Crédito / Reprodução

Edição: Larissa Costa