Os trabalhadores em educação de Minas Gerais paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (7), reivindicando o rateio do saldo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
A categoria, que começou o dia com um protesto em frente à Cidade Administrativa, também participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Até o início deste mês, estimava-se que o saldo do valor do fundo não utilizado pelo governo do estado era de mais de R$ 2,5 bilhões. Dessa forma, os mais de mil educadores que participaram da manifestação reivindicam que o dinheiro seja utilizado para a valorização dos profissionais, em forma de abono salarial.
Durante o protesto, a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) avaliou que a sobra de recursos voltados para a educação básica demonstra a "incompetência" da gestão de Romeu Zema (Novo).
“Porque quando sobram os recursos, quer dizer que o governo não fez o investimento correto ao longo do ano. É um governo inimigo da educação e das professoras e nós não podemos deixá-lo à vontade com um saldo de mais de R$ 2 bilhões”, afirmou a sindicalista.
A manifestação também contou com a presença de representantes de outras categorias, de movimentos populares e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Ao se solidarizar com os profissionais da educação, o presidente da CUT Minas, Jairo Nogueira, destacou que, mesmo sendo vítima de perseguição por parte do governo estadual, o Sind-UTE e a categoria que ele representa têm sido protagonistas na resistência contra os ataques da gestão de Zema.
“O Zema é um governador que está cometendo várias ilegalidades em Minas Gerais. A maioria não tem noção do que as direções dos sindicatos têm passado. No caso do SindUTE, mesmo com as perseguições e com um bloqueio de contas, se mantém na resistência e é capaz de fazer um ato como este em dezembro”, avaliou Jairo.
Durante a audiência pública na ALMG, convocada por Beatriz Cerqueira (PT), a deputada estadual destacou que a categoria não irá aceitar “ser feita de boba” e que não há explicação para ter um caixa bilionário dos recursos do Fundeb, enquanto os profissionais da educação enfrentam um cenário de empobrecimento.
Edição: Larissa Costa