Em nota, o DCE afirma que mantém o legado de união entre a classe estudantil e a trabalhadora
Pagamento total das bolsas da Capes e dos auxílios estudantis, pagamento integral dos servidores terceirizados e criação do Conselho de Assuntos Comunitários Estudantis (Coace). Essas são as principais reivindicações dos estudantes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) que ocupam as dependências do Centro Educacional da instituição de ensino, desde o dia 8 de dezembro. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFTM “Walkíria Afonso Costa” informou que o movimento será por tempo indeterminado.
Com a ocupação, as aulas da UFTM estão suspensas. No dia 11 de dezembro, o processo seletivo do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) foi realizado normalmente no prédio onde acontece a ocupação. Em nota, o DCE afirma que mantém o legado de união entre a classe estudantil e a trabalhadora.
“O movimento estudantil, que permanece unificado, compreende a necessidade e prioridade do uso das dependências do campus, uma vez que o processo em questão trará benefícios para toda a comunidade estudantil, que forma cada vez mais cidadãos ativamente políticos e conscientes”, aponta o manifesto.
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Outro ponto que os estudantes reivindicam é o diálogo direto e transparente com o reitor sobre a condição dos cortes de verbas da universidade. Após pressão dos estudantes, a conversa deve acontecer nesta terça (13). A atual gestão da universidade foi nomeada por Bolsonaro sem ter sido eleita pela comunidade acadêmica, rompendo com a autonomia universitária e sendo a primeira instituição de ensino a ter um reitor interventor.
Em nota, a reitoria da UFTM afirma que o atual cenário e os respectivos desdobramentos impactam diretamente as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administrativas da instituição. Na nota, a gestão universitária ressalta que, depois do bloqueio financeiro e orçamentário, tem realizado esforços junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e ao Ministério da Educação (MEC) para reverter a atual situação e evitar atrasos no pagamento de bolsas e de auxílios estudantis, assim como manter em dia o pagamento de despesas da instituição.
No texto, a reitoria critica as ações do movimento estudantil e diz que as atividades devem ser realizadas por meio de diálogo e respeito à comunidade acadêmica.
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“É justamente isso que queremos. Nunca tivemos as portas da reitoria abertas para o diálogo. Por isso, decidimos de forma coletiva, ocupar o espaço que é nosso. Todos os envolvidos na comunidade acadêmica estão sendo prejudicados e estamos lutando por todos. Assim que agendarem, sentaremos sim à mesa para negociar”, diz, em nota, o DCE.
Pituca Ferreira é jornalista e contribui com o NaRua
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Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal
Edição: Larissa Costa