É preciso que todos nós defendamos a democracia
O Brasil se surpreendeu no domingo, 8 de janeiro, com a falta de limites dos bolsonaristas e o tamanho desrespeito para com o patrimônio público pertencente a todos os brasileiros.
Ainda que o ex-presidente negue que incentivou tais manifestações radicais antidemocráticas, foi o seu governo e seus atos que propagaram nos últimos anos a intolerância e a violência política, naturalizando um cenário que encorajou o golpismo e enfraqueceu a democracia.
As invasões na Praça dos Três Poderes em Brasília são expressão do que esse governo plantou. Despertou o que há de pior na sociedade, dando voz a manifestações antidemocráticas, a favor do militarismo, defendendo um Estado ditatorial que já experimentamos, e que tanto mal causou ao nosso povo, nossas liberdades e garantias.
Não é possível naturalizar e tolerar a violência política
Tão absurdo quanto toda essa situação é o comportamento das forças policiais do Distrito Federal que nada fizeram, a não ser escoltar os manifestantes. O que aconteceu com o comando? Não é admissível tanta conivência com a prática de crimes contra o Estado democrático de Direito.
Nosso país precisa reestabelecer as bases democráticas, e para isso, não é possível ser tolerante a ameaças golpistas, motivadas por uma insatisfação com o resultado eleitoral. Dentro dos limites democráticos, a insatisfação deve se expressar observando a legalidade.
O bolsonarismo promoveu em seus anos de governo uma ruptura democrática, e por isso, o fortalecimento da democracia é uma das principais agendas que precisamos assumir.
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Não é possível naturalizar e tolerar a violência política, pois ela fere diretamente nossas liberdades. É fundamental a responsabilização tanto dos idealizadores e participantes das manifestações golpistas, quanto dos que foram omissos e também da cadeia de comando da polícia.
É necessário que a reconstrução democrática seja uma preocupação de todos os brasileiros, pois somente nesses marcos conseguimos construir uma sociedade livre e justa.
É preciso que todos nós respondamos ao chamado de defesa da democracia.
Edição: Larissa Costa