Em primeiro de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência do país que volta a dormir sobre o berço da esperança.
Será preciso administrar o caos deixado pelo atual governo e enfrentar lideranças e eleitores inconformados com a derrota nas urnas. Não será fácil tirar o Brasil do caos. Embora reconheça que o campo está minado, enxergo no futuro governo um elenco de peso, comprometido com a reconstrução.
Governar para todos adotando como princípio “um projeto justo, solidário, sustentável, soberano e criativo para um Brasil que seja de todos” é a premissa que orienta a frente da esperança. A palavra reconstrução, usada no programa, é, sem dúvida, a mais adequada para traduzir o desafio.
Lula recebe o país depredadoLula recebe o país depredado
Mesmo que muitos ainda neguem, o Brasil foi devastado por uma trupe que propagou o ódio, a violência e a fome, além de nos envergonhar mundo afora, fazendo continência à bandeira americana, desqualificando mulheres, negros e políticos, com ações e declarações vergonhosas, haja vista a resistência do ex-presidente a vacina contra covid-19.
Ainda que receba o país depredado, Lula tem a seu favor credibilidade para refazer e construir esteios de esperança e liberdade, os quais a população tanto precisa. Os desafios são imensos, começando pela erradicação da fome; ampliação da qualidade e abrangência da educação e do acesso à saúde; combate ao preconceito e melhores condições de trabalho e moradia.
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Entretanto, nunca é demais lembrar que foi na gestão de Lula que os mais pobres tiveram acesso à universidade e o país se tornou a sexta maior economia do mundo. É difícil escolher entre suas realizações a maior e mais expressiva, mas o fato do Brasil ter saído do mapa da fome, talvez seja imbatível.
É fácil entender, diante do desempenho anterior do Presidente Lula, por que a alegria tomou conta da posse. Eu não tenho dúvidas de que os propósitos de Lula são reais e que ele fará o melhor pelo país.
Cristina Vieira é jornalista, poeta e professora.
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Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.
Edição: Elis Almeida