Minas Gerais

PREMIADO

Queijo mineiro da Canastra está entre 12 melhores do mundo

Iguaria está no ranking do site Taste Atlas. Em 2022, queijo da região chegou a liderar a lista

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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Na imagem, o “Queijo do Miguel”, produção familiar em São Roque de Minas, na Serra da Canastra - Foto: Reprodução

O famoso queijo mineiro está mais uma vez entre os melhores do mundo, de acordo com o site estadunidense Taste Atlas, uma espécie de guia colaborativo de viagem sobre comidas tradicionais. A lista dos 50 melhores queijos do mundo, segundo os usuários da plataforma, traz dois brasileiros: o Queijo da Canastra, de Minas Gerais, no 12º lugar e o Queijo de Coalho, produzido no Nordeste, na 38ª posição.

A iguaria mineira, que em meados de 2022 chegou a liderar a lista, ficou à frente de exemplares famosos internacionalmente, como o italiano mozzarella e o suíço gruyère.

Veja a lista publicada pelo Taste Atlas:

Quem produz

Atualmente, o Queijo Mineiro Artesanal da Canastra, reconhecido oficialmente pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é produzido em oito municípios: Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita.

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Tradicionalmente, o queijo da Canastra é produzido a partir do leite cru e a adição do pingo, um fermento láctico natural, recolhido a partir do soro que drena do próprio queijo e que lhe transfere as características específicas. O tempo de maturação varia de 20 a 40 dias.

Desde 2008, o modo artesanal de fazer queijo de Minas, nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Salitre, em Minas Gerais, é reconhecido pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como um patrimônio cultural imaterial.

“Esse bem imaterial constitui um conhecimento tradicional e um traço marcante da identidade cultural dessas regiões. A produção artesanal do queijo de leite cru representa uma alternativa bem-sucedida de conservação e aproveitamento da produção leiteira regional, em áreas cuja geografia limita o escoamento dessa produção”, reconhece o Iphan.

Edição: Larissa Costa