Minas Gerais

ECONOMIA

Artigo | Lula ignora mimimi da velha imprensa

Lula revogou decreto de privatização de oito estatais em apenas uma canetada

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Lula em entrevista a profissionais da mídia independente no Palácio do Planalto - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Escolhido por 60.345.999 milhões de brasileiros para comandar o Brasil nos próximos quatro anos, Lula não se mostra preocupado com a opinião e pressão da mídia empresarial – pelo menos até o momento.

Em pouco mais de um mês de governo, Lula tem mostrado qual o principal objetivo para esse terceiro mandato: governar para todos. Desde encontro com membros do mercado, aos encontros com a classe trabalhadora, o ex metalúrgico – e agora presidente reeleito, consegue aos poucos pacificar o país em uma democracia que já agonizava.

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Desde os ataques golpistas do dia oito de janeiro – que ficarão marcados na história da nossa tão jovem democracia - a mídia tradicional tenta amenizar a culpa pela escolha que fez apoiando Bolsonaro nas eleições de 2018.

As cobranças excessivas por uma política neoliberal – vista como solução para superar a grande recessão que o Brasil enfrenta desde 2014, causada justamente por medidas neoliberais - mostra o desespero do mercado e da mídia em não conseguir controlar o pernambucano que foi eleito presidente pelo terceiro mandato. Lula tem mostrado que seus projetos serão voltados exclusivamente para o povo, mesmo que contrarie “o mercado” e a velha mídia deles.

O desgaste do ex-presidente Bolsonaro coloca o mercado com o rabo entre as pernas na interferência da agenda econômica do governo federal. Tentaram ao máximo liderar a desastrosa política econômica do ex Ministro da Fazenda Paulo Guedes, que no fim aumentou a inflação e reduziu o poder de consumo – até mesmo da própria classe média, que em boa parte apoiou a política de estado mínimo no Brasil.

O tempo mostrará que não existe um país rico sem condições sociais adequadas

Enquanto editoriais dos veículos de comunicação tradicionais são publicados criticando a postura do atual presidente Lula, a sua relação com a mídia independente tem fortalecido. No dia 7 de fevereiro, quase um mês após os atos golpistas, o presidente se reuniu com dezenas de jornalistas e influenciadores no Palácio do Planalto. O encontro foi marcado por críticas ao mercado. O presidente se referiu a “aberração” o rombo anunciado pela Americanas, e também criticou a privatização da Eletrobras, se referindo que tais fatos deveriam incomodar mais o mercado financeiro.

Enquanto os tarados pela política neoliberal choram horrores nas páginas de veículos da mídia comercial, Lula conseguiu em apenas uma canetada revogar decreto da privatização de oito estatais, devolvendo aos poucos a soberania que o país sempre buscou.

O discurso midiático de diminuição de gastos públicos parece não fazer mais o mesmo barulho de antes. O novo governo está com uma agenda econômica mais voltada para o social. O tempo mostrará que não existe um país rico sem condições sociais adequadas para boa parcela da população, e que a agenda liberal de produzir riquezas, na verdade produz desigualdade e miséria, crescendo por meio da exploração da classe trabalhadora.

Fábio Mendonça é jornalista político da Agência Guia Real.

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Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.

Edição: Elis Almeida