Minas Gerais

EM LUTA

MG: atingidos por barragens realizam ato no Tribunal de Justiça neste 14 de março

Dia Internacional de Luta Contra as Barragens será marcado por denúncia da impunidade nos casos de rompimento

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Uma das principais demandas do movimento é a responsabilização criminal das pessoas envolvidas nos rompimentos - Foto: Comunicação MAB

A população atingida por barragens em Minas Gerais realiza, nesta terça, 14 de março, uma série de ações para marcar o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens. As movimentações em Minas Gerais relembram os dois grandes rompimentos acontecidos no estado: o da barragem da Samarco (Vale/BHP Billiton), em Mariana, e a barragem da Vale, em Brumadinho.

Pela manhã, às 8h, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) organiza um café da manhã no Tribunal de Justiça, no Fórum Cível e Fazendário. Logo depois, às 10h, os atingidos participam de uma reunião na Avenida Raja Gabáglia, 1753. À tarde, a partir das 14h, acontece um encontro das famílias atingidas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Avenida Professor Alfredo Balena, 190.

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Uma das principais demandas do movimento é a responsabilização criminal das pessoas envolvidas nos rompimentos de Mariana e Brumadinho, e a criação de uma Política de Segurança e Proteção das Populações e Comunidades que consiga estabelecer direitos a comunidades e atingidos.

O MAB apresenta a proposta de um fundo nacional para reparar famílias e comunidades que tenham sido impactadas por grandes obras, por rompimentos de barragens ou por casos extremos decorrentes de mudanças climáticas. O projeto já foi encaminhado ao Ministério de Minas e Energia.

“O estado é legitimador dos empreendimentos que violam os direitos humanos, então o estado precisa ser protagonista das políticas de reparação desses direitos”, defende Robson Formica, integrante da coordenação nacional do movimento.

Em todo país

Além de Belo Horizonte, a jornada de lutas do MAB acontece em outros 17 estados, que pedem reparação para atingidos pelas 24 mil barragens existentes no país. Estima-se que pelo menos um milhão de brasileiros e brasileiras estejam vivendo próximo a barragens potencialmente perigosas.

Edição: Larissa Costa