Após um hiato de três anos o tradicional manifesto em defesa da Serra da Moeda será retomado no próximo dia 21. Neste ano, a atividade tem como tema: “Água em quantidade e qualidade para todos”.
Além da proteção ambiental, o protesto chama atenção para as ameaças atualmente enfrentadas pelo território. De acordo com a ONG “Abrace a Serra da Moeda”, uma das principais preocupações é a diminuição da vazão de água ocorrida em função da instalação, desde 2015, da fábrica da Coca-Cola em Itabirito.
A organização afirma que o empreendimento extrai mensalmente mais de 173.000 m³ de água subterrânea da Serra da Moeda. “Com isso, algumas comunidades de Brumadinho, entre elas Campinho e Suzana, passaram a enfrentar uma situação de desabastecimento e escassez hídrica que se arrasta por oito anos”, denuncia Beatriz Vignolo, advogada e ambientalista da ONG.
:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::
CSul Lagoa dos Ingleses
Outro projeto que também coloca em risco a segurança hídrica da Serra da Moeda é o “CSul Lagoa dos Ingleses”. A proposta consiste em uma expansão urbana para mais de 200 mil pessoas, em torno do Alphaville, na Grande BH, proposta que para ambientalistas da entidade representaria a construção de uma nova cidade dentro de Nova Lima.
Caso seja executado, a previsão é que o projeto terá demanda de mais de 2.300.000 m³ de água por mês. O abastecimento viria do aquífero Cauê, um dos maiores mananciais do estado, localizado na Serra da Moeda.
Além de ambientalistas e ativistas a celebração de retomada do “Abrace a Serra da Moeda” contará também com a participação de artistas como a cantora Sol Bueno, o Grupo Sorriso Negro e com a presença da Comunidade Quilombola de Sapé, entre outras atrações culturais.
Serviço:
Abrace a Serra da Moeda – 21 de abril
Concentração a partir das 10 horas, o abraço simbólico acontece ao meio dia
Ponto de Encontro: Rampa de voo livre no Topo do Mundo, em Brumadinho
Edição: Elis Almeida