Esses meninos de hoje qué nada com a dureza não
O Brasil é maravilhoso por várias coisas e razões. Temos um povo que faz sua correria diária. Um povo alegre que tem suas contradições. Dia desses, encontrei uma dessas figuras maravilhosas por aí. A prosa foi boa demais, minha cara leitora e meu caro leitor:
- Tudo bão cocê?
- Tudo. Itu?
- Tô bão não, sô.
- Por quê?
- Pedi à peste do menino pra me ajudar aqui e fez tudo pros coco.
- Sério?
- Esses meninos de hoje qué nada com a dureza não. Tudo preguiçoso. No tempo do onça, o povo era tudo correria. Negócio desses meninos é ficar com essa porcaria de celular o dintirim. Fica com esse trem na mão, nem come direito. Fui raiá com ele, ainda ficou resmungando e quebrou o pau na oreia.
- Rsrsrsrsrsrs...
- Ri não, sô! Esse povo de hoje faz tudo pros coco. Tão precisando de uma enxada. Esse trem de computador acabou com esses meninos de hoje.
- Braço procê!
- Vê se traz aquele toucim de barriga pra gente fazer, belê?
- Belê!
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Rubinho Giaquinto é músico, escritor e militante do coletivo Solidariedade Cidadã
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Edição: Elis Almeida