Minas Gerais

Coluna

Zema considera golpe movimento de libertação e premia verdadeiros golpistas

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A cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência ocorreu na última sexta-feira (21/04), em Ouro Preto. - Fotos: Gil Leonardi/Imprensa MG
Zema entregou medalhas a golpistas como Temer, Moro e Bivar

Desde o momento que recebemos a informação de que seríamos agraciados com a Medalha da Inconfidência e seus graus de honraria, nós, do projeto "Juntos para Servir", tomamos uma importante decisão: não receberíamos a homenagem de cima do palco. E, sim, estaríamos junto ao povo, ao lado de quem sempre defendemos. Um marco de luta contra os opressores.

Nossa decisão baseou-se em dois motivos: o acima dito e a entrega, pelo (des)governador de Minas Gerais, Romeu Zema, de medalhas a golpistas, como Michel Temer, Sérgio Moro e Luciano Bivar.

Assim fizemos: estivemos juntos àqueles que, sobretudo, lutaram contra os devaneios descabidos do governo federal anterior e lutam contrariamente aos absurdos do pupilo Zema.

Nossa ação mostrou-se mais do que acertada! Logo após a entrega das honrarias, em um post nas redes sociais, o governo de Minas Gerais descreveu a Inconfidência Mineira como um "golpe". E, ainda, ressaltou que os inconfidentes não confessaram seus crimes!

Golpe? Crimes? Isto são coisas de Moro, Temer e companhia. E não do povo que luta diariamente.

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Criminosos são aqueles que deixaram 33,3 milhões de pessoas passando fome em nosso país! Julgamento cabe é àquele que forjou juridicamente uma sentença e levou um inocente a ficar enclausurado 580 dias.

Crime é considerar golpe um dos mais importantes movimentos de libertação da história do Brasil. A Conjuração Mineira foi uma das mais significativas revoltas organizadas contra a Coroa portuguesa, e mostrou a disposição dos colonos a romper o laço colonial e a existência de ideais republicanos no seio da principal capitania brasileira.

É assim que os portugueses respondiam quando as coisas permaneciam sem alteração. É assim que Zema mantém seu (des)governo: aos moldes do seu mártir, aquele que colocou o Brasil na pobreza total e exaltou a ditadura militar.

De que lado estamos? Do povo, com o povo e no meio do povo. Sempre.

 

 

Leleco Pimentel é deputado estadual e Padre João é deputado federal, ambos são do PT MG e constroem o projeto Juntos para Servir

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Este é um artigo de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal

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Edição: Elis Almeida