Todo terceiro domingo do mês, artistas da cultura hip-hop de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se reúnem debaixo do Viaduto Jacintão, na Praça da Mecatrônica, no Centro da cidade, para a Batalha da Central (BDC). O evento nasceu em maio de 2022 com o objetivo de garantir visibilidade e oportunidade para as produções culturais no município.
“É um movimento coletivo em que a música, a arte e a literatura formam uma manifestação com total liberdade para quem quiser participar”, explica Rodrigo Gomes, um dos fundadores da iniciativa. Além dos duelos, nos encontros também acontecem feiras de arte, confronto de tintas, venda de livros, leitura e debate crítico das obras.
Assim como o Duelo de MCs de Belo Horizonte, que hoje é uma referência nacional, a Batalha da Central também ressignificou um espaço antes abandonado e marginalizado. Ivan Sousa ou Ivan Scratch Beats, um dos organizadores da BDC, conta que o evento nasceu e é mantido com recurso dos próprios organizadores. Hoje, sete pessoas trabalham diretamente na realização da batalha, que apesar de celebrar um ano de organização, ainda não conta com apoio do Executivo.
“Viver de arte e de música em Betim é muito difícil, ainda mais para a cultura hip-hop que não é vista com bons olhos pela maioria das pessoas, inclusive pela prefeitura, que não nos dá apoio algum”, desabafa.
De acordo com Ivan, a expectativa é que no futuro o evento se consolide como um espaço de convergência e promoção da cultura urbana de Betim e seja referência de lazer e formação para a juventude. “Esperamos ter um apoio da cidade porque estamos resgatando vidas, formando cidadãos com consciência política", reforça.
Serviço
A celebração de um ano da Batalha da Central acontece no próximo dia 21, a partir das 12h, debaixo do Viaduto Jacintão, em Betim. Mais informações no perfil do Instagram do movimento em @batalha.da.central.
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Edição: Larissa Costa