O relatório final de fiscalização nas instituições mineiras de ensino básico, divulgado pelo Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG), identificou que 62% das escolas analisadas possuem inadequações nas salas de aula e 70% dos prédios possuem problemas nas estruturas de acesso.
O levantamento, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de abril e contou com visitas técnicas em 34 instituições da mesorregião de Belo Horizonte, também identificou que quase 65% das escolas visitadas não possuem bibliotecas.
Além da capital mineira, a avaliação aconteceu em Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Itabirito, Jaboticatubas, Conselheiro Lafaiete, Esmeraldas, Mateus Leme, Serra Azul de Minas, Serro, Rio Vermelho, Moeda, Sarzedo, Ibirité, Nova Lima, Bonfim, Itaverava, João Monlevade e São Domingos do Prata.
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Os fiscais ainda notaram que 76,5% das escolas não possuem auto de vistoria do Corpo de Bombeiros válido, 90% não têm botão do pânico e, em 44%, não foram identificadas câmeras de segurança.
Os dados foram publicados no início deste mês. Porém, para quem convive diretamente com a realidade das escolas públicas de Minas, os números não trouxeram muitas novidades. É o que explica Marina Ferreira Passos, estudante de ensino médio, de uma escola de Belo Horizonte.
“Muitas carteiras estão quebradas. O quadro não apaga direito mais, porque está velho. Além disso, nas paredes das salas e em toda a escola você pode encontrar rachaduras nas paredes”, relata a jovem de 16 anos.
Marina conta que a situação da estrutura acaba impactando no processo de aprendizado dos estudantes, porque, além de tornar o ensino mais dificultoso, deixa toda a comunidade escolar “desanimada”.
Sem respostas
O diagnóstico tem o objetivo de alertar os gestores públicos a elaborarem planos de melhorias nas condições dos espaços escolares.
Procurada para comentar sobre os dados e apresentar as expectativas do governo estadual para resolver a situação, a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) não respondeu até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.
Edição: Larissa Costa