Minas Gerais

TRANSPORTE

Projeto que reduz tarifa de ônibus em BH é aprovado e apenas vereadores do Novo votam contra

Empresas de ônibus podem receber subsídio de R$ 512 milhões e passagem deve baixar a partir de julho

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |

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A proposta prevê o retorno da tarifa de ônibus de BH para R$ 4,50 - Foto: Adão de Souza/PBH

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovou em primeiro turno, na tarde desta terça-feira (13), um subsídio de R$ 512 milhões para as empresas de ônibus da capital mineira. A proposta foi construída em acordo entre a prefeitura e a presidência da CMBH.

Após uma série de impasses entre os dois poderes, a expectativa é de que, com a aprovação do Projeto de Lei 538/2023, o valor da tarifa, que subiu para R$ 6,00 no final de abril, volte a ser R$ 4,50.

O texto também estabelece gratuidade para moradores de vilas e favelas, estudantes e para quem está em tratamento de saúde. A proposta oferece, ainda, auxílio transporte para pessoas em situação de vulnerabilidade extrema e mulheres vítimas de violência.

O PL foi aprovado por 38 votos a 2. Apenas representantes do Partido Novo foram contrários: a vereadora Fernanda Pereira Altoé e o vereador Braulio Lara. A parlamentar Marcela Trópia, também integrante do Partido Novo, estava presidindo a sessão.

Esperança e crítica

O vereador Bruno Pedralva (PT) comemorou a aprovação e afirmou que isso é apenas o começo de um processo que, ele espera, possa culminar com a gratuidade do transporte no município.

“É um dia histórico para essa casa. Estamos começando a transformar o transporte coletivo em transporte verdadeiramente público. Queremos muito mais do que simplesmente baixar a tarifa de ônibus. Queremos avançar para a nossa tão sonhada tarifa zero. Isso já acontece em Mariana, por exemplo. Defendemos o subsídio, com a criação de novas fontes para a prefeitura e a taxação de grandes empresas”, argumentou.

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Já a vereadora Iza Lourença (PSOL) não deixou de destacar que é preciso rever o contrato com as empresas de ônibus.


“Somos a favor desse projeto, mas sabendo que ele é um remendo que não resolve o problema dos ônibus em Belo Horizonte. Nós precisamos rever o contrato com as empresas e ter mecanismos para tirar poder da máfia do busão”, afirmou a parlamentar.

Próximos passos

O projeto de lei retorna para as comissões parlamentares na Câmara, para depois ser votado em segundo turno. Se for aprovado, o ajuste pode começar a valer em julho.

Edição: Rafaella Dotta