A capital mineira terá um protesto pela redução das taxas de juros, na terça-feira (20). A ação faz parte da jornada nacional de lutas, convocada pelas centrais sindicais. Em Belo Horizonte, a manifestação será a partir das 10h, em frente à sede do Banco Central (BC), na avenida Álvares Cabral, número 1605, no bairro Santo Agostinho.
Com o mote “Juros altos, poucos lucram, muitos perdem”, a campanha foi lançada pelas Centrais Sindicais na última sexta-feira (16), em São Paulo, e tem o objetivo de pressionar por mudanças na política monetária do BC.
“Nossa missão é mostrar que não vamos mais aceitar a alta taxa dos juros. O Brasil precisa de mais emprego, mais comida na mesa, investimento, educação e saúde”, afirmou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), nas redes sociais.
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Entenda
Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira, chamada de Selic, está em 13,75%, uma das maiores do mundo. Desde que assumiu o cargo, o presidente Lula (PT) vem questionando a manutenção da taxa, porém, sob comando de Roberto Campos Neto, indicado pela gestão de Jair Bolsonaro (PL), o Banco Central insiste em não reduzi-lá.
Nesta segunda-feira (19), nas redes sociais, o petista voltou a criticar Campos Neto e afirmou que ele deve explicações à população brasileira, que é duramente impactada pelas altas taxas de juros.
“O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porque ele não baixa, mas ao povo brasileiro e ao Senado, por que ele não baixa [a taxa]”, disse Lula.
Por que reduzir?
A não redução da Selic traz, entre seus impactos, o maior endividamento da população, que já bateu recorde no ano passado. Isso porque, a taxa serve de referência para as instituições financeiras, que aumentam os juros praticados em financiamentos, empréstimos, cartão de crédito, entre outros.
A atual política adotada pelo Banco Central também leva ao aumento do desemprego no país, porque, com o crescimento do endividamento, as pessoas tendem a comprar menos e, consequentemente, as empresas deixam de produzir e demitem trabalhadores.
Além disso, os juros nas alturas impedem que a população pratique a renegociação de dívidas, cujas parcelas se tornam inviáveis.
“Não adianta os esforços de uma nação que trabalha para crescer, se os juros continuam lá em cima. Nos últimos anos o Brasil estava se afundando em corrupção, ódio e incompetência. O povo escolheu salvar esse país com o seu voto. Mas, o Banco Central de Campos Neto insiste em puxar o país para baixo de novo. 20 de junho é um dia de luta”, afirmaram as centrais sindicais, ao convocarem as manifestações.
Edição: Elis Almeida