Após a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) comprar 19 mil quilos de arroz orgânico para a merenda escolar, o Executivo do município da Zona da Mata mineira vem sofrendo ataques de políticos e militantes da extrema-direita. O motivo é que o produto foi adquirido de uma cooperativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Em comunicado oficial, a prefeitura informou que lamenta as notícias falsas espalhadas pela oposição à gestão de Margarida Salomão (PT). A aquisição do alimento foi realizada de acordo com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que, entre seus objetivos, busca a formação de hábitos alimentares saudáveis para as crianças.

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Fabíola Paulino esclareceu que o arroz orgânico foi adquirido com recurso do governo federal, destinado para a compra de produtos da agricultura familiar, com prioridade nos assentamentos da reforma agrária.

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“Se vocês verificarem na internet, verão que hoje a prefeitura compra cinco quilos de arroz orgânico pelo valor equivalente a um quilo. Também é importante dizer que a alimentação saudável e de qualidade, com produtos orgânicos, não pode ser um privilégio. Nós cuidamos das nossas crianças e oferecemos a elas alimentação de qualidade”, disse a secretária.

O arroz orgânico comprado pela prefeitura foi produzido pela Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região Porto Alegre Ltda (Cootap), no Rio Grande do Sul. Em nota, o MST repudiou os ataques e destacou a importância da conscientização sobre a agricultura familiar.

“A busca por novos horizontes na agricultura orgânica agroecológica passa pela conscientização de governantes e de apoiadores que reconheçam a importância desse trabalho e a condição imprescindível de que ele aconteça, sob ameaça da vida na Terra”, argumentou o movimento.

 

 

 

 

 

 

Edição: Elis Almeida