Nesta quinta-feira (24), movimentos populares de Belo Horizonte convocam a população para a "Marcha pelo fim da violência policial e do Estado". A manifestação acontece a partir das 17h30, na Praça Sete, no Centro da cidade.
O protesto é um grito contra o massacre e extermínio policial da população negra, indígena e periférica de Minas Gerais. A ação faz parte de uma jornada nacional organizada pelos movimentos negros.
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Entre julho e agosto, houve pelo menos 32 mortes na Bahia, 20 em São Paulo e dez no Rio de Janeiro. As manifestações que acontecem por todo o país, lembram ainda da liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares Maria Bernadete Pacífico, executada a tiros na última semana, dentro do terreiro Ilê Axé Kalé Bokum, onde era ebomi, na região metropolitana de Salvador (BA).
Segundo os números do Instituto Fogo Cruzado, que reúne dados da violência armada, entre 2016 e 2023 as ações e operações policiais em favelas foram as principais causas de morte de crianças e adolescentes. Nesse período, 112 foram mortas e outras 174 ficaram feridas.
A manifestação ocupa as ruas para exigir a indenização às famílias atingidas pela violência policial, a suspensão de ações e operações do Estado em favelas, a desmilitarização das polícias no Brasil e o fim da "guerra às drogas".
Edição: Larissa Costa