Minas Gerais

MATEMÁTICA

Saiba qual será seu poder de compra daqui a 10 anos, caso proposta de Zema seja aprovada

Plano de Recuperação Fiscal do governador prevê congelamento nos salários dos servidores

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Os impactos da proposta do governador Romeu Zema (Novo) que, caso aprovada, podem durar quase uma década. - Foto: Willian Dias/ALMG

Uma calculadora, desenvolvida pelo Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação do Estado de Minas Gerais (Sinfazfisco), permite que a população mineira descubra qual será o poder de compra de seu salário, caso o Plano de Recuperação Fiscal do governo de Romeu Zema (Novo) seja implementado no estado.

Se o conjunto de medidas propostas pelo governador forem aprovadas, os salários dos servidores públicos mineiros serão congelados. Romeu Zema afirma que a nova regra permitirá dois reajustes em dez anos. Ainda assim, sindicatos e movimentos populares criticam a proposta.

De acordo com a ferramenta, para um trabalhador cujo valor do último contracheque foi de R$ 2.500, ao final do período de equacionamento das contas públicas, caso não aconteça nenhum reajuste, o poder de compra será de R$ 1307,46. Se o salário for reajustado duas vezes, o valor continua baixo, chegando a apenas R$ 1387,09.

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Segundo o Sinfazfisco, a calculadora foi desenvolvida com base na inflação média da última década.  Para acessar a ferramenta, clique aqui.

Entenda

Romeu Zema (Novo) enviou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no dia 16 de outubro, uma cópia do Plano de Recuperação Fiscal apresentado à Secretaria do Tesouro Nacional.

O documento lista as medidas para a renegociação da dívida de Minas Gerais com a União, que está em aproximadamente R$ 156 bilhões. Entre os principais impactos, o texto prevê o congelamento de salários dos servidores por um período entre nove e doze anos.

A aprovação do plano é necessária para que Minas Gerais possa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que oferece aos estados um alongamento de sua dívida com a União, que é suspensa no primeiro ano do RRF e volta a ser paga, com parcelas que crescem gradualmente ao longo dos anos seguintes, com juros a amortizações.

Em troca, o estado é obrigado a cumprir uma série de metas fiscais e deve privatizar estatais, congelar salários e investimentos, além de submeter a sua administração financeira a um conselho composto por maioria de indicados do governo federal.

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Edição: Larissa Costa