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Minas Gerais não está nos trilhos

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"São professores, agentes da segurança pública, profissionais da saúde e tantos outros, que terão suas vidas prejudicadas por esse desgoverno que só atua em benefício próprio. " - Foto: Freepik
Nosso estado precisa de alternativas reais e não de mais mentiras

Mentiras e mais mentiras. Assim tem sido o desgoverno de Romeu Zema. Após encenar, durante cinco anos, uma imagem de bom gestor e afirmar que havia colocado Minas Gerais nos trilhos, enfim, a verdade veio à tona com o envio do Plano de Recuperação Fiscal (PRF) à Assembleia Legislativa. Minas não está nos trilhos, pelo contrário, Zema colocou nosso estado à beira de um colapso e quer afundá-lo ainda mais.

Depois de aumentar a dívida pública de Minas Gerais em 44,97%, entre janeiro de 2019 e outubro de 2023, agora o governador pretende congelar os salários dos servidores públicos durante nove anos, proibir concursos e sucatear os serviços públicos ofertados à população. Além disso, ele quer entregar a Codemig para empresários lucrarem, já que a estatal é responsável pela exploração de nióbio, que, só em 2022, teve um faturamento de R$ 1 bilhão.

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Vale lembrar que antes de apresentar esse pacote de maldades contra os mineiros, Zema aumentou o seu salário em quase 300%, concedeu isenção fiscal bilionária para locadoras de veículos, que tem como donos os principais doadores de sua campanha. Agora, quer colocar a conta da sua incompetência nas costas da população e dos servidores.

São professores, agentes da segurança pública, profissionais da saúde e tantos outros, que terão suas vidas prejudicadas por esse desgoverno que só atua em benefício próprio. De acordo com dados apresentados por especialistas, os servidores terão uma perda salarial de até 55% durante os próximos nove anos. Isso porque, O PRF admite só duas revisões salariais em parcelas de 3%, se houver crescimento econômico, em 2024 e 2028. Um verdadeiro absurdo.

Cada trabalhador e trabalhadora é fundamental para garantir uma boa prestação de serviço com eficiência e com qualidade para os mineiros. Uma proposta de duas recomposições salariais de 3% está longe de reconhecer o valor e o esforço que esses profissionais dedicam diariamente.

O pior de tudo é que mesmo com todos esses contrassensos, o PRF não vai resolver o problema de Minas Gerais. A verdade é que Zema está jogando o problema para frente, pois a dívida continuará aumentando. Nosso estado precisa de alternativas reais e não de mais mentiras. Nós, deputados do Bloco Democracia e Luta, de oposição ao governo na Assembleia, somos contrários a essa proposta. Terá resistência!


Marquinhos Lemos é deputado estadual (PT) e presidente da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

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Leia outros artigos de do deputado estadual Marquinhos Lemos em sua coluna no Brasil de Fato MG.

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Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal

Edição: Larissa Costa