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Editorial | Três ditados populares ensinam sobre Zema e o RRF

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No dia 7 de novembro, cerca de 5 mil pessoas mobilizaram um protesto contra Zema - Foto: Cadu Passos
Governador conversa só com seus amigos bilionários

Existe um ditado popular que diz que “inteligente é aquele que aprende com os próprios erros e sábio é aquele que aprende com o erro dos outros”. Romeu Zema (Novo), parece não ser nem um, nem outro. 

Enquanto os governadores do Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul, os três estados do país que aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), dão declarações públicas de que se arrependeram, o de Minas Gerais busca implementar a proposta. 

Com a falsa roupagem de que é a solução para regularizar a situação fiscal, na prática, o regime se mostrou uma grande furada e, além de não resolver o problema das dívidas dos estados com a União, fez com que o montante crescesse ainda mais. 

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Além disso, o RRF precariza os serviços públicos, retira a autonomia das administrações locais e impõe um conjunto de retrocessos aos trabalhadores, como o congelamento de salários. 

Para se ter uma ideia, Cláudio Castro (PL), que é alinhado ao projeto econômico e ideológico da extrema-direita, deu entrevistas afirmando que a situação é tão grave que, se o cenário não for revertido, o resultado será o crescimento da fome e da insegurança alimentar no Rio de Janeiro. 

O alerta do governador fluminense e a insistência de Zema na adesão ao regime fazem lembrar de um outro ditado popular muito conhecido, que afirma que “o pior burro é aquele que não quer entender”. Nesse caso, mesmo diante da explicação de seus pares, a ignorância o impede de abrir os olhos.

Resistência

Se Romeu Zema subestima as experiências fracassadas do RRF, não deveria subestimar a inteligência e a sabedoria popular. 

Acostumado a debater os rumos de Minas Gerais com seus amigos bilionários, em salas fechadas, o governador enfrenta a resistência de milhares de trabalhadores, que se recusam a admitir o desmonte do Estado. 

Após as grandes mobilizações de 8 e 14 de novembro, categorias do funcionalismo público planejam a organização de uma greve geral de 48h para os dias 21 e 22 deste mês. 

Para sermos vitoriosos, é preciso ampliar ainda mais a resistência contra o projeto de Zema. Se conseguirmos, o governador deverá aprender um novo ditado popular, que diz que “quem não pode com a formiga, não assanha formigueiro”.

Edição: Elis Almeida