Minas Gerais

REINCIDENTE

Zema assina manifesto contra incentivos aos estados do Nordeste, mas posição é derrotada

Neste ano, governador teve outros posicionamentos classificados como preconceituosos, em relação aos estados nordestinos

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Além dele, outros governadores do Sul e do Sudeste, alinhados à direita e à extrema direita, também assinaram o texto. - Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

O governador de Minas Gerais assinou, na última quinta-feira (14), um manifesto contra a prorrogação até 2032 de benefícios fiscais ao setor automobilístico nos estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país. Romeu Zema (Novo) foi criticado nas redes sociais pela postura, que foi classificada por alguns internautas como preconceituosa.

Além dele, outros governadores do Sul e do Sudeste, alinhados à direita e à extrema direita, também assinaram o texto. É o caso de Tarcísio de Freitas (SP), Claudio Castro (RJ), Eduardo Leite (RS), Ratinho Jr. (PR) e Jorginho Mello (SC). O argumento deles é de que o benefício gera desequilíbrio de investimentos.

Ainda assim, no marco da votação da reforma tributária, que tratou sobre o tema, os estados conseguiram estender os incentivos, que estavam previstos para acabarem em 2025.

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Nas redes sociais, a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) classificou a postura de Romeu Zema como “atrasada”.

“Zema agora quer levar seu projeto de destruição para outros estados. Deve ser complexo ter que migrar antipatia, já que em Minas está amuado, isolado e mal falado. Além de não compreender a dimensão do país, a importância do Nordeste e a potência da região, Zema se mostra mais uma vez distante da realidade do povo. Se mostra preconceituoso e sai de Minas para espalhar atraso”, publicou.

Reincidente

Não é a primeira vez que o governador de Minas Gerais é chamado de preconceituoso devido aos seus posicionamentos. Em agosto deste ano, Romeu Zema, em entrevista à imprensa, defendeu uma atuação mais incisiva do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), em busca de protagonismo político, e comparou os estados nordestinos com “vaquinhas que produzem pouco”.

Poucos meses antes, em junho, ele disse que no Sul e no Sudeste há mais pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial, na comparação com as outras regiões do Brasil.  Após a repercussão negativa, ele afirmou que “foi mal interpretado” e pediu desculpas.

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Edição: Larissa Costa