Minas Gerais

BENEFÍCIO

Em BH, famílias com CadÚnico e crianças na rede municipal podem receber cesta básica nas férias

Para mãe de adolescente, governo estadual deveria adotar a mesma política

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Para acessar o benefício, basta informar o CPF e o nome completo do responsável pela matrícula do estudante - Foto: Divulgação/ Governo Federal

Está aberto o cadastro de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e com estudantes matriculados na rede municipal de ensino de Belo Horizonte para receberem cestas básicas durante o período de recesso escolar.  Segundo a Prefeitura de BH (PBH), aproximadamente 50 mil pessoas têm direito ao programa Cesta nas Férias. Porém, apenas 20 mil já fizeram a solicitação.

Para acessar o benefício, basta informar o CPF e o nome completo do responsável pela matrícula do estudante, clicando neste link. As famílias cadastradas poderão retirar as cestas duas vezes ao ano, entre dezembro e janeiro e em julho.

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Açúcar cristal, arroz branco, café em pó, extrato de tomate, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão carioca e feijão preto, fubá, leite em pó, macarrão, óleo de soja, sal refinado e sardinha são alguns dos alimentos que serão entregues gratuitamente aos beneficiários.

Para saber mais informações, clique aqui.

Política podia ser mais ampla

Cintia Fátima Mendes, moradora da Pedreira Prado Lopes, uma das periferias da capital mineira, ficou sabendo do programa e considera a iniciativa importante. Para ela, diante de um contexto em que muitas crianças e adolescentes estão em situação de vulnerabilidade econômica, a escola acaba sendo o lugar das principais refeições.

“Muitas crianças vão para a escola para comer e, nas férias, acabam passando dificuldades. Na época que eu estudava, por exemplo, minha mãe também não tinha condições”, explica.

Ela é mãe de um adolescente de 16 anos, é cadastrada no CadÚnico e acha que acessar um programa como esse ajudaria em casa. Porém, o filho está matriculado em uma escola da rede estadual. Na avaliação de Cíntia, o governo de Minas Gerais deveria adotar uma política parecida.

“Eu e outras pessoas também queríamos ter o direito. Eu pensei que, por ter o Cadastro Único, conseguiria acessar o programa. Aí fui ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e disseram que eu não tinha o direito porque meu filho é matriculado em escola estadual”, relata.

“O governo do estado poderia estar ajudando as mães, as mães solo. As crianças vão passar um mês e meio em casa, se alimentando. Eu pensava que todos que têm CadÚnico podiam receber”, conclui.

 

Edição: Lucas Wilker