O curta-metragem “Água Rasa”, dirigido pelo belo-horizontino Dani Drumond, foi selecionado para a 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O evento acontece do dia 19 ao dia 27 de janeiro deste ano, com programação gratuita.
Produzido pelo Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab), Instituto Guaicuy e Tipiti Filmes, o filme conta a história do personagem Água Rasa que navega o Rio Paraopeba em meio à lama tóxica de rejeito, deixada pelo rompimento da barragem da Vale, no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
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O ribeirinho Água Rasa, por meio da sabedoria do personagem Seu Pedro, descobre, em seu varejão de bambu, a força da escuta e da conexão com o rio, com a natureza e com espíritos ribeirinhos.
A curadoria da mostra aponta que o filme estabelece uma conexão com histórias soterradas, além de representar o colapso e a violência presente na vida daqueles que resistem a uma das maiores tragédias de Minas Gerais.
A exibição de “Água Rasa” acontece no dia 21 de janeiro, quatro dias antes do crime completar cinco anos.
A Mostra
Festival é um dos mais importantes do Brasil
Um dos mais importantes e tradicionais festivais de cinema do Brasil, a Mostra de Tiradentes serve como plataforma para lançamentos do cinema brasileiro contemporâneo. O objetivo é que seja um espaço para manifestações da diversidade do audiovisual brasileiro.
Esse ano, a temática do evento é “As Formas do Tempo”. “A Mostra de Cinema de Tiradentes é um festival de “cinema brasileiro contemporâneo”, por isso cabe a nós nos interrogarmos sobre o estatuto do contemporâneo. Em um momento em que voltamos a fazer projeções de qual futuro é possível construirmos e de nos perguntar como lidaremos com os despojos que o processo anterior do país nos legou, precisamos escolher para onde vamos olhar”, descreve o festival em nota.
O evento também prestará homenagem ao cineasta André Novais, conhecido por Ela Volta na quinta (2015), Temporada (2018) e O dia em que te conheci (2023), e à atriz Bárbara Cólen, conhecida por Bacurau (2019), Aquarius (2016) e A Menina que Matou os Pais: A Confissão (2022).
Edição: Elis Almeida