Com o aumento da intensidade das chuvas de janeiro, moradores da capital mineira e da região metropolitana enfrentam enchentes, alagamentos e riscos de deslizamentos de terra. Em resposta, o prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD) afirmou que esse “é o novo normal”. “Não adianta a gente querer fugir dessa realidade”, disse.
Porém, especialistas destacam que os impactos das chuvas são resultado da falta de planejamento urbano.
Ao longo da semana, pessoas ficaram ilhadas, casas foram invadidas pela água e carros foram arrastados em diversos pontos da cidade. Após o temporal de quarta-feira (24), famílias da Vila do Índio, que fica na região de Venda Nova, estão em alerta.
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“Quando um desastre se torna recorrente, passa a ser uma decisão. Sabemos que os mais atingidos são os nossos, a população preta e pobre”, avaliou a vereadora Iza Lourença (PSOL).
Cenário poderia ser melhor
Em 2021, a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) vetou um empréstimo de R$ 907 milhões à prefeitura, que seria utilizado para obras de prevenção às enchentes. Na época, o então vereador e atual deputado federal Nikolas Ferreira (PL) comemorou a decisão nas redes sociais.
“O povo de BH não esquece o prejuízo deixado por Nikolas com o seu radicalismo moleque”, comentou o deputado federal Rogério Correia (PT), em referência a Nikolas.
Ainda no ano passado, a CMBH tomou outra decisão polêmica, ao rejeitar um projeto de lei (PL) que tinha o objetivo de minimizar os impactos do aquecimento global, instituindo a Política Municipal de Enfrentamento das Mudanças Climáticas e de Melhoria da Qualidade do Ar.
Edição: Larissa Costa